«Só o amor gera vida» apresentado

Sexta-Feira, 10 Abril 2015

A obra do Pe. Duarte da Cunha, secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, «Só o amor gera vida», foi apresentada ontem, quinta-feira, no auditório do Colégio de S. Tomás, em Lisboa. A apresentação da obra esteve a cargo de D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa, e de Maria João e Henrique Leitão, um casal que faz parte das equipas casais de Nossa Senhora com quem o Pe. Duarte trabalhou durante anos.
O Pe. Rui Tereso, diretor da PAULUS Editora, agradeceu a «confiança» depositada na editora para a edição desta obra, que será «útil» a muitos casais e tem um «timing muito importante, por nos encontrarmos no período entre os dois sínodos sobre a Família».
D. Nuno Brás, chamado a pronunciar-se sobre o livro, destacou desde logo a «clareza de ideias do Pe. Duarte da Cunha. «É muito interessante ler este livro porque a certa altura nos deparamos com esta clareza de ideias do Pe. Duarte, e vemo-nos muitas vezes a dizer "é isto mesmo"», disse o bispo auxiliar de Lisboa à plateia que enchia por completo o auditório do colégio. O prelado citou várias passagens do livro, onde o Pe. Duarte «retrata o nosso tempo com uma linguagem muito clara». «O Pe. Duarte diz que viver como uma família cristã é algo que nos faz felizes, e isto é importante de salientar, porque viver como família é uma felicidade que não faz desaparecer os sofrimentos e as dificuldades, mas é um testemunho vivo», defendeu.
Maria João Leitão fez a sua apresentação da obra colocando questões que o próprio livro respondia. Questionou que, «se um casal se perguntar se precisa de um livro sobre o amor, e afirma que não precisa porque o amor não precisa do outro, então isto não lhe vai servir de nada». Defendendo que «o casamento só é útil para quem acredita no Mistério da Encarnação», acrescentou que «o livro traduz uma amizade do Pe. Duarte por todos os casais e a confiança da Igreja na nossa capacidade para compreender e conhecer o amor». Em conclusão, Maria João Leitão afirmou à plateia que «o objetivo é dar a entender as razões mais profundas do Amor, do que é amar e ser amado. Não nos dá técnicas nem teorias, mas um critério para avaliarmos toda a nossa vida de casais, e isso é uma preciosidade».
O Prémio Pessoa de 2014, Henrique Leitão, começou por agradecer todo o trabalho desenvolvido pelo Pe. Duarte da Cunha com as equipas de casais e a relação de amizade que daí ficou até aos dias de hoje. «A atualidade do livro, embora não esteja talhado para resolver problemas de agora, está em recordar a absoluta centralidade da vida na fé para as famílias», onde, para o historiador, «nós, cristãos, temos falhado».
Finalmente, o autor agradeceu de forma humilde a todos os presentes e a D. Nuno Brás, «que com toda esta apresentação mostrou claramente que tinha lido o livro», disse, provocando sorrisos na plateia. Começando por afirmar, como já o tinha feito na entrevista à Família Cristã, que «o amor é algo que envolve a pessoa toda, não é só aquilo que gosto ou não gosto», o Pe. Duarte defendeu que «Cristo é o máximo potenciador da humanidade» e que «a família é a célula da sociedade porque é uma experiência de amor». «Eu sei que um padre pode falar de famílias porque há casais que me fazem crescer muito enquanto sacerdote», concluiu, desejando que os casais pudessem «ler a obra em família» ou usá-la «com grupos ou outras reflexões».
Ricardo Perna

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