Por uma profunda cultura de vida
30-04-2015 18:30 Nota de abertura RR online
Num hospital de Lisboa, está uma menina de 12 anos, grávida de cinco meses. A gravidez é o resultado da violação pelo padrasto. Trata-se de uma situação dolorosamente íntima, mas, com a serenidade possível, é necessário separar estas duas realidades: gravidez e violação.
Nos hospitais, o que move, diariamente, milhares de homens e mulheres é a defesa da vida – a vida de um bebé por nascer, de um idoso ou de um moribundo.
Mas os profissionais da vida também são confrontados com indesejáveis dilemas.
Num hospital de Lisboa, está uma menina de 12 anos, grávida de cinco meses. A gravidez é o resultado da violação pelo padrasto.
Trata-se de uma situação dolorosamente íntima, mas, com a serenidade possível, é necessário separar estas duas realidades: gravidez e violação.
No que respeita à violação, o maior escândalo é saber-se que a imensa maioria das agressões sexuais a bebés e crianças acontece dentro da falsa protecção das suas casas, na discrição de uma porta fechada e no silêncio cúmplice e continuado de tantos adultos. Eis uma realidade que importa não ignorar.
A gravidez, essa, gera uma outra vida, uma vida própria de alguém inocente que para desenvolver-se precisa do corpo daquela que já é mãe. De facto, aquela menina já é mãe daquele bebé que uma simples ecografia pode indicar se é menino ou menina.
A Associação Apoio à Vida, instituição que a Renascença acompanha desde o seu início, já colocou à disposição desta menina o seu Centro de Acolhimento Temporário e promete ajudá-la de forma a evitar a interrupção da gravidez.
Resta uma pergunta difícil: se um tal apoio não for aceite, quem vai acolher e acompanhar seriamente esta menina de 12 anos, violada, grávida durante cinco meses e afectada por decisões tão violentas?
E resta também uma conclusão: sem uma profunda cultura de vida não se previnem outras violações de outras crianças e o aborto poderá continuar a matar vidas por nascer.
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