Feriados
Nuno Melo JN 31 Março 2016 às 00:02 As esquerdas modernas nascidas dos delírios marxista, estalinista, leninista, trotskista, maoista, enverhoxhista e quejandos conservam a consistência ideológica da gelatina. Aburguesaram-se. Perderam-se no deslumbramento dos salões do poder que finalmente provaram e de que gostaram. Trocaram o fascínio dos jargões revolucionários, pela conveniência do "socialismo" onde cabe tudo. E defendem, consoante as circunstâncias, uma coisa e o seu contrário, com a mesma facilidade com que acreditam que dois dias depois já ninguém se lembrará de coisa nenhuma. De Portugal à Grécia, com a Espanha pelo caminho, vai sendo assim. O radicalismo que rendeu votos a Tsipras, Iglesias e Louçã, cedeu lugar à vontade de disputar o centro, na ilusão - ou talvez não - da partilha dos despojos do Pasok, PSOE e por este caminho, do PS, a prazo. Há dias repuseram-se feriados. Dois religiosos - Corpo de Deus e 1 de novembro (Dia de Todos os Santos) - e dois