recordando um célebre “merceeiro do porto”

8 AGOSTO, 2014

Semanas depois de ter enfiado 900 milhões de euros numa empresa já reconhecidamente falida, e de aparentemente o ter feito sozinho, sem ter sequer consultado os seus colegas da administração, o cidadão Granadeiro apresentou a demissão de todos os cargos que exercia na PT. Alega só agora o ter feito para cuidar dos interesses dos accionistas, que, a avaliar pela forma exemplar como os tem ultimamente defendido, lhe devem ter ficado imensamente gratos por mais estes preciosos dias passados à frente da empresa. Quanto à massa "emprestada", uma "pipa" dela, como diria o cessante presidente Barroso, foi-se pelo ralo da pia ou pelo cano de esgoto, conforme as preferências de estilo. Já sobre as razões que o terão levado a  tomar tão notável acto de gestão, que ditou o fim dos seus dias à frente da empresa (dessa e de outra qualquer, num país normal), Granadeiro limitou-se a dizer que a auditoria mostrará "que agi nos interesses da empresa".
Esta miserável estória de contornos sicilianos tem somente um único mérito: demonstra, à evidência, as razões pelas quais um célebre "merceeiro do Porto" nunca poderia ter ficado à frente dos destinos da PT, e o que levou à tramoia que juntou todos os interesses do regime para impedir que ele assumisse o controlo da empresa, como teria sucedido pelas normais regras de mercado que esses interesses cuidaram de corromper. Ou será que alguém concebe o hoje demissionário CEO a "defender" deste modo os accionistas da PT, se Belmiro de Azevedo comandasse a empresa?

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