Esta é a posição que Deus nos determinou e não nos é lícito rejeitá-la


Esta é a posição que Deus nos determinou e não nos é lícito rejeitá-la

Lembrei-me desta frase com que a Carta a Diogneto termina o seu capítulo VI em que assemelha os cristãos à alma que vive no corpo (o mundo), a propósito das próximas eleições presidenciais e da tarefa dos católicos neste momento, por todos considerado de grande importância.
É precisamente esta posição que Deus nos determinou - embora cidadãos do céu, vivem nas suas pátrias, mas como forasteiros - que nos impele e obriga a esta participação nas responsabilidades e nas decisões a que se refere o beato Paulo VI
Esta participação nas responsabilidades e nas decisões exerce-se neste caso, através do voto individual. Para mim, a posição em que Deus me colocou torna imperativa a participação efectiva neste acto eleitoral, isto é, votar e escolher efectivamente. 
Neste caso - tratando-se de eleições para Presidente da República - trata-se de escolher uma pessoa, ao contrário de outras eleições em que a escolha tem por objecto uma lista de pessoas. Trata-se, portanto de escolher de entre os 10 candidato(a)s um(a) deles.
Qual o critério para escolher esta pessoa?
Parece-me que o critério é muito claro: quem merece a escolha do voto católico é quem melhor assegure, procure e proteja o bem comum, não apenas o interesse comum, como alguns políticos modernos e relativistas agora se habituaram a dizer, mas o bem comum.
"O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana e sua sociedade." Pacem in terris(S. João XXIII)
Para mim é muito claro qual é o candidato que melhor e mais efectivamente assegura, procura e protege o bem comum, não apenas porque é o mais bem preparado e experiente, coincidindo com o que é melhor conhecido e escrutinado e finalmente, mas não menos importante, porque tem clara esta consciência de que, vivendo na sua pátria que ama tal como nós, é um cidadão do céu.
Tenho ouvido / lido muitos comentários depreciativos que se baseiam no que ouviram que desagradou, na frase ambígua que entristeceu e que pretendem justificar uma outra escolha ou uma não escolha, argumentando que é preciso que ele veja, que saiba, que perceba, que seja castigado…
O voto, numas eleições como estas, não serve para manifestar estados de alma, nem deve ser usado com outra finalidade que não seja a escolha racional e ponderada, aquela escolha que, olhando para todas as alternativas, procura considerar a totalidade dos factores.
Muito se tem dito da pobreza da campanha eleitoral. Mas se uma campanha eleitoral serve para apoiar a escolha que os eleitores são chamados a fazer, concordo com Rui Ramos quando, pedindo desculpa, diz "nunca houve eleições em que a escolha fosse tão óbvia". Acrescento, como forasteiro que vivo nesta nossa pátria, mais esta razão: de entre todos os candidatos, Marcelo Rebelo de Sousa é claramente aquele cuja visão do mundo, da dignidade da pessoa e da contingência da história me garante ser a melhor e única escolha no contexto que temos à nossa frente.
Recebam um abraço do vosso 
Pedro Aguiar Pinto

P.S. volto a recomendar a leitura de Católicos, Politica e Arte do Possível do José Maria Duque

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