Confiança dos portugueses subiu de forma "expressiva" em Agosto
Famílias e empresários de todos os sectores de actividade estão cada vez menos pessimistas. No caso dos consumidores, o INE destaca o aumento expressivo observado em Agosto no respectivo indicador de confiança.
Os dados sobre a recuperação do PIB e do emprego, ainda que ténues e frágeis, poderão ter contribuído para uma acentuada melhoria dos índices de confiança em Agosto.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), famílias mas também empresários de todos os sectores de actividade estão cada vez menos pessimistas.
No caso da confiança dos consumidores, o indicador "aumentou expressivamente em Agosto, reforçando o movimento ascendente observado desde Janeiro, após registar o mínimo da série em Dezembro", refere o INE. Este indicador passou de -52,7 em Julho para -49 em Agosto, depois de ter atingido o mínimo de -59,8 em Dezembro de 2012 (o máximo da série data de Novembro de 1997, em -5,5), tendo sido precisamente as expectativas sobre a evolução da situação económica do país e do desemprego nos próximos 12 meses as que mais melhoraram. Os outros dois sub-indicadores que integram o cálculo do indicador de confiança dos consumidores – perspectivas de evolução da situação financeira do agregado familiar e capacidade de poupar – também registaram melhorias, mas menos acentuadas.
Também o indicador de clima económico recuperou de "forma significativa" em Agosto, ao passar de -2,6 para -2,1, depois de apresentar o valor mais baixo da série em Dezembro de 2012 (-4,4). Uma evolução justificada por um aumento dos indicadores de confiança em todos os sectores: Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços.
Refere o INE que o indicador de confiança da Indústria Transformadora, que passou de -16,1 em Julho para -15,3 em Agosto, "prolongou o perfil ascendente iniciado em Dezembro, traduzindo nos últimos dois meses o contributo positivo de todas as componentes, opiniões sobre a procura global, apreciações sobre os stocks de produtos acabados e perspectivas de produção, mais expressivo no primeiro caso". O mínimo desta série data de Fevereiro de 2009, em -32,2.
Na Construção e Obras Públicas, o indicador de confiança da aumentou "significativamente em Agosto", ao passar de -62,1 para -58,6, "devido à recuperação de ambas as componentes, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspectivas de emprego, mais expressiva no primeiro caso". O mínimo desta série havia sido registado há pouco mais de um ano, em Julho de 2012, com uma leitura de -72.
O indicador de confiança do Comércio – que atingira o mínimo em Janeiro de 2012, em -22–passou, por seu turno, de -13 em Julho para -12,2 em Agosto, "reflectindo nos últimos dois meses o contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e das perspectivas de actividade, enquanto as apreciações relativas ao nível de existências apresentaram um ligeiro contributo negativo".
Por último, também o indicador de confiança dos Serviços aumentou de "forma expressiva" em Agosto, ao passar de -25,1 para -22,1, "verificando-se nos últimos três meses uma recuperação de todas as componentes, apreciações sobre a actividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas e perspectivas relativas à evolução da procura". O mínimo desta série, -34,9, foi atingido em Novembro de 2012.
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