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A mostrar mensagens de agosto, 2013

Rotinas de embalar

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José Luís Nunes Martins ionline em 31 Ago 2013 Tudo se torna monótono quando não sabemos renovar o entusiasmo e permitimos que as nossas preguiçosas habituações nos embalem. Poucas vezes ousamos trocar o certo pelo incerto. Os outros não esperam nem admiram grandes liberdades... o normal é quase sempre preferível ao sonho. Há gente que se acomoda a circunstâncias assustadoras, tornando quase naturais condutas e situações estranhas à sua essência original, tudo em nome de uma aceitação social sem valor. A nossa identidade constrói-se pelo que fazemos. Assim, quando nos deixamos prender e arrastar pelas algemas da monotonia, muitos de nós perdem a oportunidade de uma existência plena por não ousarem remar contra as suas próprias marés de costumes e tradições... Repetimos até (o que no início eram) emoções... quando, na verdade, nunca se ama por hábito nem se gosta por tradição. Há tantas pessoas enganadas quanto ao que sentem... convencem-se de que amanhã sentirão o mesmo

Os filhos dos nossos amigos

Inês Teotónio Pereira Ionline, 20130831 Não conseguimos olhar para uma criança sem a comparar com o nosso menino. Cada criança é como se fosse um quilo Os filhos dos nossos amigos só passam a existir verdadeiramente no nosso mundo no dia em que temos filhos. Até lá os filhos dos nossos amigos são apenas isso: filhos de alguém, ainda não os consideramos crianças autónomas. Não temos qualquer noção da idade deles (se têm meses ou anos), não temos capacidade para ter uma opinião consistente sobre a educação das crianças e a verdade é que não olhamos para eles duas vezes. Temos alguma condescendência com os gritos e as birras que fazem, mas acima de tudo temos pena dos pais, dos nossos amigos. As crianças são apenas crianças. Contam pouco. Respeitamos, mas achamos um pouco exagerado todo aquele fanatismo dos nossos amigos pelos filhos. Não é racional. Mas quando temos filhos as coisas mudam radicalmente. Os filhos dos nossos amigos passam a ter um papel fundamental nas nossas vid

A misteriosa sinfonia universal

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Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada Ionline 2013-08-31 Não há ninguém tão bom que não conheça em si mesmo o mal,nem ninguém tão mau que não seja capaz do bem É um lugar-comum dizer que este mundo não tem conserto. E muitos são os que, verificando as suas deficiências, inferem a inexistência de Deus ou, pelo menos, sustentam que o Criador é um ser insensível às desgraças que flagelam a humanidade. O nosso planeta está longe de ser aquele aprazível paraíso onde, segundo a Bíblia, Adão e Eva foram criados. Até do ponto de vista físico, esta terra é palco de violentos contrastes: temperaturas que gelam e que escaldam; terramotos em terra e tempestades no mar; vulcões e ciclones; chuvas intempestivas e prolongadas secas; florestas impenetráveis e áridos desertos. E, pior do que estas inclemências da natureza que, mais do que mãe, parece madrasta, a crueldade dos próprios homens: tantas injustiças, tantas crianças órfãs, abandonadas ou maltratadas; tantas pessoas esfomeadas ou s

O dia em que a boçalidade saiu à rua

JOSÉ MANUEL FERNANDES   Público, 31/08/2013 O pecado de António Borges foi ser frontal e corajoso. Portugal prefere as meias-tintas e a dissimulação 1. Vou escrever uma frase horrível: às vezes é muito deprimente ver o povo a exprimir-se em todo o seu esplendor. E não escrevo por snobeira enjoada com algum concerto de música pimba ou mais um piquenicão. Escrevo-o depois de ter passado os olhos por algumas das caixas de comentários das notícias relativas à morte de António Borges. E de ter andado um pouco pelas redes sociais nesse dia. O que vi foi ódio e boçalidades genuínos, por vezes exprimindo-se sob o manto cobarde do anonimato, outras vezes expondo-se ao mundo com alarvidade e assinatura. Porque é que isto se passou? Por que tanta gente sentiu necessidade de vir insultar - sim, de insultar, não apenas de recordar divergências de pontos de vista - alguém que tinha acabado de morrer? Afinal António Borges nunca foi ministro, nunca exerceu como deputado - o cargo político

Liberdade

A liberdade é a capacidade de se decidir pelo bem maior. Não é um horizonte sem restrições, é a capacidade de fazer escolhas, sabendo que as escolhas impõem limites e exigem compromissos. É livre aquela pessoa que é capaz de se comprometer. Aquela que nunca se compromete não é livre, embora pense que sim. "Eu não tenho compromissos nenhuns, sou um homem livre." Mentira! Sou escravo dos meus apetites e dos ventos, vou para onde agora está a puxar, e isso é a maior tentação, andar ao sabor das ondas, das modas e das pressões. ONDE HÁ CRISE, HÁ ESPERANÇA Um pensamento por dia: ver em tudo o que acontece uma oportunidade de crescimento Vasco P. Magalhães, sj Edições Tenacitas www.tenacitas.pt http://www.facebook.com/edicoes.tenacitas

A hipocrisia do contrato de trabalho

GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA   Público, 30/08/2013 No meu assaz impressionante palmarés - valha a imodéstia - há um recorde de que me orgulho muito especialmente: sou, pela certa, o telespectador nacional que menos viu telenovelas. Com efeito, uma única sequência, de escassos minutos, foi suficiente para que me considerasse esclarecido sobre os seus conteúdos e, em consequência, nunca mais reincidi naquele género de séries. A cena em questão era breve, mas esclarecedora. Um jovem pedia em casamento a sua amada, que recusava a proposta matrimonial, com o pretexto de que o importante é o amor. Surpreso, o pretendente ainda esboçou uma tímida defesa da instituição conjugal, que a sua Julieta destroçou, em nome da suposta hipocrisia dos formalismos jurídicos e rituais e, sobretudo, do supremo valor e espontaneidade do mútuo afecto, a que, por fim, também o dito Romeu se rendeu. Não falta quem pense que a liberdade do amor não tolera os grilhões das imposições normativas e, da

Um texto execrável

Henrique Pereira dos Santos Ambio , 2013-08-30 Há bastante tempo que deixei de me interessar pelo que escreve habitualmente Viriato Soromenho Marques no Diário de Notícias. Mas desta vez   resolvi interessar-me porque várias pessoas, cuja opinião prezo e considero, me remeteram um texto sobre fogos, acompanhado de grandes elogios. Ora eu acho esse texto verdadeiramente execrável. Como esta é uma crítica bastante violenta, passo a tentar fundamentá-la. Passo por cima dos primeiros parágrafos, que não acrescentam nem atrasam (são uma visão ligeirinha e pouco fundamentada da história do movimento ambientalista, passando por cima de todo o trabalho da escola de arquitectura paisagista e dos florestais, por exemplo, em matéria de políticas públicas de ordenamento do território) e centro-me no que realmente conta. "As reportagens televisivas mostram-nos, sistematicamente, bombeiros e populações cercados por eucaliptos em chamas." Confesso, já o disse noutro cont

O planeta estético

MIGUEL ESTEVES CARDOSO   Público, 29/08/2013 Maravilhar é pasmar; é sentirmo-nos pequenos mas privilegiados por estarmos vivos e podermos ver o mundo. É maravilhoso ver o filme   Planet Ocean , filmado-realizado por Yann Arthus-Bertrand, o descobridor das belezas das alturas do planeta (e agora) das profundidades dos oceanos e realizado-escrito por Michael Pitiot, com a colaboração de muitos biólogos dos mares. O texto - sobretudo no francês original - parece uma lição. Tudo ensina e explica. Apesar de ter razão em muito do que diz. Mas o que prevalece é a beleza: a beleza da imagem, escolhida por ser impressionante. Os documentários britânicos e americanos são esclarecedores mas pecam por procurar os factos científicos acima de tudo. Os franceses, valha-os Deus, tendem a ser estetas. Têm razão. A beleza é mais convincente. A falsa (ou certa) certeza do que se diz, quando acompanha imagens espectaculares, torna-se numa convicção nossa. A propaganda perfeita, tanto estét

Confiança dos portugueses subiu de forma "expressiva" em Agosto

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29 Agosto 2013, 11:27 por Eva Gaspar |   egaspar@negocios.pt Famílias e empresários de todos os sectores de actividade estão cada vez menos pessimistas. No caso dos consumidores, o INE destaca o aumento expressivo observado em Agosto no respectivo indicador de confiança. Os dados sobre a recuperação do PIB e do emprego, ainda que ténues e frágeis, poderão ter contribuído para uma acentuada melhoria dos índices de confiança em Agosto. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), famílias mas também empresários de todos os sectores de actividade estão cada vez menos pessimistas. No caso da confiança dos consumidores, o indicador "aumentou expressivamente em Agosto, reforçando o movimento ascendente observado desde Janeiro, após registar o mínimo da série em Dezembro", refere o INE. Este indicador passou de -52,7 em Julho para -49 em Agosto, depois de ter atingido o mínimo de -59,8 em Dezembro de 2012 (o máximo da séri

40 dias pela vida - Campanha 2012 (1 de Outubro 2012 a 9 de Novembro 2012)

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O monopólio da bondade

JOÃO MIGUEL TAVARES   Público, 29/08/2013 Que a Internet, as caixas dos comentários e as redes sociais são terreno fértil para que a estupidez humana cresça firme e viçosa, já todos nós sabemos há muito tempo. E por isso, o que há de novo nas reacções à morte de António Borges não são, de todo, os textos anónimos e mal-educados que celebram a morte de um ser humano. A isso já estamos habituados. O que há de novo são os textos assinados e bem-educados de pessoas como Pedro Tadeu e Baptista-Bastos (ambos no DN), que sentiram necessidade de assinalar a morte de António Borges com uma denúncia das suas posições ideológicas, em vez da costumeira suspensão das hostilidades por altura da morte de uma figura pública. Algum estudante de Sociologia ou de Ciência Política deveria comparar as reacções à morte de Miguel Portas com as reacções à morte de António Borges. Suponho que teria ali material para uma tese de doutoramento. É que essa diferença de reacções e de olhares diz muito sob

I have a dream

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28 de Agosto de 1963 - 28 de Agosto de 2013 - 50º aniversário da Marcha sobre Washington e do discurso de Martin Luther King  Jr. "I have a dream"

Martin Luther King, Jr. - I Have a Dream (texto e audio)

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In: American Rethoric M artin   L uther   K ing ,   J r . I Have a Dream delivered 28 August 1963, at the Lincoln Memorial, Washington D.C. Video Purchase Off-Site audio mp3 of Address [AUTHENTICITY CERTIFIED: Text version below transcribed directly from audio. (2)] I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation. Five score years ago,   a great American , in whose symbolic shadow we stand today, signed the   Emancipation Proclamation . This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity. But one hundred years later, the Negro still is not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro l

28 de Agosto - Santo Agostinho

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