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A mostrar mensagens de junho, 2013

Povo

Povo Um conjunto de seres racionais associados na comunhão concorde das coisas que ama (Santo Agostinho)

Para além do “obrigado”

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|D. Nuno Brás Voz da Verdade, 2013-06-30 O Patriarcado de Lisboa vive este fim-de-semana um dos momentos que marcará para sempre a sua história: no dia 29, o Senhor D. José Policarpo preside, pela última vez, à celebração das ordenações sacerdotais e despede-se dos seus diocesanos como Patriarca de Lisboa. Significativamente, fá-lo no dia em que completa 35 anos de ordenação episcopal. Ao longo de cinco décadas, o Senhor D. José foi uma das personalidades que nos habituámos a perceber como decisivas nos grandes momentos da vida da nossa diocese, da Igreja e de Portugal: Professor de Teologia, intelectual escutado nos ambientes culturais, Reitor do Seminário dos Olivais e da Universidade Católica, Bispo Auxiliar e, finalmente, desde 1998, Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal. Se estes cargos lhe deram visibilidade e o tornaram numa figura pública, não menos importante foi a sua ação de pastor, capaz de discernir o caminho a seguir nas situações mais comple

Adquirir bons hábitos

Pe. Rodrigo Lynce de Faria As virtudes humanas ― diz-nos o Catecismo no número 1804 ― são atitudes firmes, disposições estáveis que regulam os nossos actos segundo a razão e a fé. Conferem facilidade, domínio e alegria para levar uma vida moralmente boa. A pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem. Educar possui uma estreita relação com ajudar a usar bem a liberdade ― ensinar a alcançar virtudes. Por isso, na educação das crianças e dos jovens a adquisição de bons hábitos possui uma enorme importância. Antes de nascermos, recebemos uma natureza biológica. No entanto, no caso do ser humano, além dessa natureza necessitamos da educação para desenvolver todas as nossas capacidades. A educação dos nossos pais e professores ― desde a mais tenra idade ― levou-nos à repetição dos mesmos actos que foram construindo o nosso modo de ser. Fomos moldando o nosso carácter e afinando o nosso temperamento ― na medida das nossas possibilidades e com as nossas limitações. A liberd

Estoril

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Gonçalo Portocarrero de Almada ionline 29 Jun 2013 - 05:00 De 24 a 26 de Junho passado teve lugar, no emblemático Hotel Palácio do Estoril, a 21.a edição do Encontro Anual Internacional de Estudos Políticos, promovido pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, que contou com a participação do International Forum for Democratic Studies, de Washington, D.C.; do King's College de Londres; do Royal Institute of Phylosophy, também de Londres, etc. Por um muito amável convite do professor João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos, e da Dr.a Rita Seabra Brito, directora do programa, tive o privilégio de participar em algumas das sessões, bem como no Winston Churchill Memorial Dinner, que foi presidido pela embaixadora do Reino Unido em Lisboa. Seguiu-se uma excelente palestra de Allen Packwood, director do Churchill College, de Cambridge, que deliciou a assistência com uma muito interessante e interpelativa exposição, subordinada ao

Pode a beleza tornar-se mais bela?

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José Luís Nunes Martins Ionline 2013-06-30 A consciência do dom obriga-me. Por isso em português dizemos tão sabiamente: obrigado. O que me foi dado compromete-me O mundo é uma pergunta. É a resposta. Muitos são os que exploram o que há nas montanhas, nos mares e nos desertos... mas são poucos os que chegam a descobrir a divindade que há à volta do seu coração. Cada vida é um dom. Há que aceitar esta verdade que se escuta até nas coisas mais simples. Cada homem tem algo de extraordinário, assim como cada coisa tem o seu lugar. Desprezar uma pessoa, ou um qualquer pedaço de mundo, é ignorar que até o mais pequeno dos fragmentos de um espelho partido consegue reflectir a luz do sol e iluminar uma escuridão. Aquele que se preocupa tanto com o seu vizinho como consigo mesmo, perdoando-lhe como se perdoa a si mesmo, conhece o valor da vida e o caminho para a felicidade. Nunca é complicado. Trata-se de, na maior parte dos casos, conseguir respeitar o outro, aceitando-o como igu

O melhor do mundo

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Inês Teotónio Pereira ionline 29 Jun 2013 Dizia Fernando Pessoa que o melhor do mundo são as crianças. Concordo: a concorrência é fraquíssima As crianças gostam de toda a gente. Ao contrário de nós, que quanto mais crescemos mais selectivos nos tornamos, as crianças são do tipo brasileiro: abrem os braços a toda a gente, fazem um grande espalhafato, e no entanto estão-se literalmente nas tintas para toda a gente, tal como os brasileiros. Elas gostam das pessoas, de nós, mas não gostam ao ponto de sentirem falta, de nos trocarem pela televisão ou pelo computador, de se lembrarem de nós. Não há pessoa no mundo de uma criança - tirando os pais - que consiga conquistar o lugar do computador ou da consola no coração dessa criança. As crianças, apesar de gostarem de toda a gente - ou seja, de não embirrarem especialmente com ninguém -, de quem elas gostam mesmo é dos pais, delas próprias e de quem lhes oferece coisas ou lhes faz cócegas. Tudo o resto é mais ou menos mato cerrado. As

Frase do dia

Não se preocupe se é uma pessoa apenas mediana. Está tão perto do fundo como do topo! Alfred North Withehead (1861-1947) (filósofo e matemático britãnico)

A Europa precisa de mais variedade, não de mais uniformização

José Manuel Fernandes Público. 28/06/2013 O problema do sonho federalista é simples: não tem apoio democrático. É apenas um pesadelo tecnocrático Mais um mês de Junho, mais uma cimeira europeia. E mais uma mão-cheia de quase nada. O programa de combate ao desemprego juvenil não será apenas ridiculamente limitado nos fundos que disponibilizará, será sobretudo mais do mesmo, isto é, mais da mesma receita testada com muito poucos resultados no quadro da falhada "Estratégia de Lisboa". Mas parece ser o máximo de que a Europa é hoje capaz. Mesmo o que ainda há pouco era apresentado como a prioridade das prioridades, a união bancária, avança penosamente, a passo de caracol, por entre infinitas divergências e hesitações. Entre 2010 e 2012 sucederam-se as cimeiras europeias que eram anunciadas como decisivas para salvar o euro e evitar o apocalipse. Dramatizou-se sempre a necessidade de grandes decisões, da mesma forma que se desdramatizou logo a seguir a ausência dessas gra

Famílias de plástico? Não

Gonçalo Portocarrero de Almada Público, 27/06/2013 No centro da questão sobre a adopção está a noção de família. Alguns entendem-na como uma realidade natural, irreformável na sua essência, mas outros acham que a família é um produto essencialmente cultural e, portanto, susceptível de adaptação às novas realidades sociais e políticas. De facto, a família romana não coincide com a medieval, nem esta com a actual. A família pagã, por exemplo, admite o divórcio e o aborto, mas a cristã exige a indissolubilidade do vínculo e o respeito pela vida humana desde a concepção. Contudo, quer na Roma pagã, quer na Idade Média cristã, quer mais modernamente, a família é sempre entendida em função do matrimónio, ou seja, da união estável de um homem e uma mulher. Na antiguidade clássica, embora a homossexualidade fosse aceite e até socialmente prestigiada, nunca se admitiu que a união de duas pessoas do mesmo sexo fosse casamento. Não por um preconceito cultural, ou religioso, que o não hav

Reportagem/entrevista com o Papa Francisco na SIC, hoje às 20:00

Peço desculpa por voltar a interromper. A notícia deve valer a pena. Hoje às 8:00 da noite, a SIC transmite a entrevista que o Papa Francisco concedeu ao jornalista Henrique Zimmerman . Há também a novidade duma leitura crítica da obra "São Francisco de Assis" de Chesterton por Pedro Mexia É mesmo caso para dizer que o Povo não faz greve … e não dá sossego aos seus leitores…

Homenagem ao forcado José Maria Cortes assassinado em Alcácer no Domingo passado

Pequeno vídeo de homenagem ao valoroso forcado José Maria Cortes (Amadores de Montemor) que faleceu hoje, e a quem toda a Afición presta assim uma merecida homenagem! Descansa em paz...

O Povo não faz greve

Em dia de greve geral, melhor, no dia em que alguns portugueses se associam à declaração de greve feita por duas centrais sindicais, osoutros portugueses exercem o seu direito de ir trabalhar como nos outros dias. Para uns e para outros trata-se do exercício de um direito que, tem sempre uma contrapartida: quem faz greve prescinde do seu salário desse dia; quem não faz, tem ou pode ter maior dificuldade a chegar ao seu local de trabalho. Aos meus alunos que têm hoje exame (melhor, já tiveram – comecei a escrever isto mais cedo, mas o dia de greve foi de muito trabalho) informei da minha presença no exame. Informei-os também que, de acordo com uma deliberação da direcção do Instituto poderia fazer um exame extra. A maioria preferiu fazer o exame hoje; o meu custo é ter que fazer o exame para os sobrantes. Mesmo que não tivesse feito greve poder-me-ia ter aproveitado, cancelado o exame e só teria um exame para fazer lá para o meio de Julho; entretanto, haveria 15 alunos que teriam

Francisco

Pedro Mexia In Expresso , 22.6.2013 25.06.13 Quando um homem chamado Jorge se apresentou ao mundo como "Francisco", muitíssima gente pareceu esperançada com aquela escolha onomástica. Um milénio antes, um homem chamado Giovanni tinha-se chamado "Francesco", talvez por amor às coisas francesas. E a sua mensagem ainda ecoa entre crentes e não-crentes, de tal modo que há três meses parecia que éramos todos franciscanos. É conhecida a tese segunda a qual a substituição das crenças "mágicas" pela ciência constituiu um "desencantamento do mundo". Podemos, então, considerar a inesgotável popularidade do franciscanismo como um "encantamento do mundo", espanto infantil perante coisas recém-criadas ou recém-descobertas. É esse um dos segredos de Francisco de Assis, e poucos o entenderam tão bem como outro católico jubiloso, Gilbert Keith Chesterton, que em 1923 publicou uma pequena biografia, "St Francis of Assisi", recentemente

Hoje 27 Papa Francisco na SIC

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Fonte: Visão - versão impressa

A propósito da coadoção

Zita Seabra. Expresso, 2013.06.22 Ex-deputada lembra o calvário dos casais heterossexuais para adotar uma criança Uma criança não é um objeto para uso de um adulto, nem um direito de alguém. A adoção existe para dar uma família a uma criança e não para o inverso. No entanto, assim aconteceu na argumentação usada no debate que levou à aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS de coadoção por um casal de homossexuais em que a criança se transformou num direito que alguns adultos pretendem ter. É sabido que a adoção nos casais heterossexuais é acompanhada por múltiplos cuidados para que a criança não venha a sofrer mais ao ser acolhida numa nova família, onde não nasceu. A legislação foi sucessivamente melhorada para salvaguardar os direitos da criança que se encontra geralmente institucionalizada, e consta da lista nacional de adoções, numa situação de orfandade, marcada pela ausência do que há de mais fundamental na vida: uma mãe e um pai — uma família. Assim, um casal

Boas Notícias

… Por mim, pelo que conheço destes 17 anos de jornalismo e do Parlamento, garanto-vos isto: há bons deputados, há bons políticos (e até políticos bons) em Portugal, como aqueles que estavam na sala da comissão na quarta-feira . Oxalá não desistam de lutar pelo bem público, cada qual pelas suas ideias. Lugar de destaque a esta notícia que aparece discreta (ou não aparece). É o destino das boas notícias. O destino do bem é ser parte do que existe. Por isso, é que tão depressa nos damos conta do mal, porque desalinha a harmonia do bem; mas, estatisticamente o bem é maior! Serve isto, juntamente com o artigo de ontem para recordar o artigo fundador da linha editorial do Povo: O mundo é um sítio extraordinário; e o mais extraordinário é o ser humano. E o mais extraordinário no ser humano é a capacidade de virar o mundo para o bem. É bom voltar, de vez em quando, a este princípio fundador, à natureza positiva da realidade e recordar que " Deus viu tudo quanto tinha fei

Um milhão de pageviews no Povo

1 000 000 um milhão de visualizações de páginas nos últimos 3 anos (desde Junho de 2010)

Defesa da honra (deles)

David Dinis Sol, 24 de Junho, 2013 Na última quarta-feira fui, em trabalho, a uma reunião da Comissão Parlamentar de Acompanhamento da Troika. Uma reunião normal, de organização de trabalhos – apenas com dois jornalistas a assistir. E ali vi uma das maiores provas de decência humana de que me lembro, em 17 anos de jornalismo político. O presidente da comissão é um socialista: Vieira da Silva. O vice-presidente é um social-democrata, Miguel Frasquilho. Sem qualquer pré-aviso mediático, Vieira da Silva puxou um tema à discussão: um curto texto que tinha preparado para defender o seu adversário político de uma série repetida de acusações de quem tem sido alvo. «Sucessivas, repetidas e prolongadas», acrescentou. E pôs esse texto à votação, de todos os partidos, para que toda a comissão assumisse a defesa pública do deputado do PSD. O caso deve-se a Paulo Morais, um ex-político que anda há um ano a dizer, em crescendo, que há corrupção a rodos na política portuguesa. Entre exempl

Os yes men os may be men e as velas

Quando li o May be man de Mia Couto " no Facebook vi este comentário de um amigo leitor do Povo: " Estamos rodeados de "may be man" e "jotas". Tanto uns como outros não têm profissão. A sua "profissão" é o poder. Mas, porque existirão tantos "may be man" e "j otinhas"? Porque o "povo" (peço desculpa por usar o termo, na verdade deveria apenas dizer a massa ou a turbe) acha que os políticos devem ganhar pouco (mas é capaz de ir para os estádios idolatrar ídolos da bola que ganham mais numa semana do que a maior parte de nós ganha num ano). E não percebe que assim só atraem "may be man" e "jotas". Existem, todavia, uns quantos "heróis" que se dispõem a prejudicar a sua vida na procura de servir o bem-comum. Que os há, não tenham dúvid as". É destes heróis que vos quero falar: Estes dias estão cheios deles, nós é que damos pouco conta disso. No sáabado passado foi a memória de

Não tenham medo de caminhar contracorrente! Sejam corajosos!

O que significa perder a vida por causa de Jesus? Antes de recitar o Angelus Papa Francisco recorda o exemplo do martírio de São João Batista ROMA, 23 de Junho de 2013 ( Zenit.org ) - Apresentamos as palavras do Papa Francisco dirigidas aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para recitar o Angelus Queridos irmãos e irmãs, bom dia! No Evangelho deste domingo ressoa uma das palavras mais incisivas de Jesus: "Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salva-la-á" (Lc 9, 24). Aqui há uma síntese da mensagem de Cristo, e é expressa com um paradoxo muito eficaz, que nos faz conhecer o seu modo de falar, quase nos faz ouvir a sua voz… Mas o que significa "perder a vida por causa de Jesus"? Isso pode acontecer de dois modos: explicitamente confessando a fé ou implicitamente defendendo a verdade. Os mártires são exemplos máximos do perder a vida por Cristo. Em dois mil anos há uma série imensa de homens e m

O “May be man”

O "May be man" – Por Mia Couto Existe o "Yes man". Todos sabem quem é e o mal que causa. Mas existe o May be man. E poucos sabem quem é. Menos ainda sabe m o impacto desta espécie na vida nacional. Apresento aqui essa criatura que todos, no final, reconhecerão como familiar. O May be man vive do "talvez". Em português, dever-se-ia chamar de "talvezeiro". Devia tomar decisões. Não toma. Sim­plesmente, toma indecisões. A decisão é um risco. E obriga a agir. Um "talvez" não tem implicação nenhuma, é um híbrido entre o nada e o vazio. A diferença entre o Yes man e o May be man não está apenas no "yes". É que o "may be" é, ao mesmo tempo, um "may be not". Enquanto o Yes man aposta na bajulação de um chefe, o May be man não aposta em nada nem em ninguém. Enquanto o primeiro suja a língua numa bota, o outro engraxa tudo que seja bota superior. Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares chave

Semear no cimento

JOÃO CÉSAR DAS NEVES DN 2013-06-24 Porque é que Portugal não cresce e cria emprego? Muitos sabem a resposta, falando de austeridade, troika, euro, Governo, Alemanha, etc. Essas causas são verdadeiras, mas passam ao lado do essencial. Os nossos problemas são anteriores a 2011 e razões monetárias têm fracos efeitos produtivos. Tais argumentos são como um agricultor que, queixando-se de más colheitas, invocasse os coelhos, os corvos e outras pragas e se esquecesse de mencionar ter cimentado grande parte do terreno. Existe em Portugal uma máquina poderosíssima para destruir iniciativa, investimento, produção e emprego. Pervertendo as suas finalidades originais, muitos serviços públicos, mecanismos sociais e até algumas empresas perseguem, ferem e muitas vezes matam os projectos produtivos. Boa parte da nossa actividade e emprego dirige-se explicitamente a estragar, prejudicar e estiolar os negócios. Crescimento e trabalho nunca podem vir senão através do investimento. A economia fu

Emoção sem razão

P. Gonçalo Portocarrero de Almada Voz da Verdade, 2013-06-23 As razões sem razão da co-adopção - Acha bem condenar a uma pena efectiva de prisão uma adolescente que aborta, depois de ser violada por um toxicodependente e de ser posta na rua pela família? Não acha, pois não?! En tão é a favor da interrupção voluntária da gravidez! Foi um pouco assim que muita gente foi induzida a votar a favor da despenalização do aborto. E é com análoga chantagem emocional que alguns pretendem fazer passar, agora, a lei que permite a co-adopção pelo parceiro do progenitor, em uniões de pessoas do mesmo sexo. Dizem: - Parece-lhe bem que a criança institucionalizada, ou concebida por inseminação artificial, não possa ser adoptada pela pessoa que vive com a sua mãe ou pai originário ou adoptivo? Não acha, pois não?! Então é a favor da co-adopção! Aos que usam e abusam deste tipo de abordagem, convém recordar que a lei é, por definição, uma ordenação da razão e não apenas, nem principalmente, uma exp

Frase do dia

Há homens que são como as velas; sacrificam-se queimando-se para dar luz aos outros Padre António Vieira (1608-1697)

Uma aberração

Vasco Pulido Valente Público, 22/06/2013 Um grupo de oito deputados, todos presumivelmente produto da JSD, resolveram perguntar ao ministro da Educação quanto custavam os sindicatos de professores, suponho que para demonstrar que o Estado não conseguia suportar essa tremenda despesa. O que tem feito este Governo e esta maioria quase não merece comentário. Mas não deve haver um único Parlamento no mundo civilizado em que esta cena espontaneamente se passasse. Gente como os meninos da JSD não está na Assembleia da República, está num jardim- -infantil muito bem guardado à espera de chegar à idade adulta. Era possível escrever tratados sobre a ignorância, a inanidade e o ridículo dessas criancinhas, se o esforço aproveitasse alguma coisa aos pobres portugueses que as vão aturando e, já agora, a elas próprias. De qualquer maneira, vale a pena investigar quem as preparou para as responsabilidades que hoje são as delas. A JSD (de resto, como a JS e a JP) admite militantes desde os 14

Médicos e professores

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Inês Teotónio Pereira ionline  22 Jun 2013 Posso discordar deles, posso nem gostar deles, mas respeito-os mesmo quando não quero Há dois tipos de pessoas que por piores pessoas que sejam terão sempre o meu respeito incondicional, infantil e submisso: professores e médicos. É assim. Não sei porquê, mas é assim. Posso discordar deles, posso nem gostar deles, mas respeito-os mesmo quando não quero: falo mais baixo, não interrompo, dou o benefício da dúvida, oiço com atenção, peço desculpa por discordar e até coro quando discordo. Quando os professores se queixam que um dos meus filhos não estudou, não fez os trabalhos, se portou mal nas aulas e fez todas essas coisas que os filhos fazem, a primeira reacção que me ocorre é desculpar-me. Eu, que não tenho nada a ver com isso, que nem sequer vou às aulas, acho que tenho de pedir desculpa ao professor pelos disparates do meu filho e pela sua negligência: assumo a culpa e peço desculpa pelos trabalhos de casa que ele não fez. A m

"Ich bin ein berliner"

Gonçalo Portocarrero de Almada Público 22/06/2013 Foi há precisamente cinquenta anos que John Fitzgerald Kennedy, então Presidente dos EUA, pronunciou, em Schönberg, estas históricas palavras: "Eu sou berlinense!". Berlim tinha sido dividida em vários sectores, aliás como todo o país, na sequência da derrota nazi. A parte oriental da capital ficou sob a administração da URSS, que ameaçava asfixiar as restantes zonas da cidade, caso as potências ocidentais não reagissem contra a prepotência soviética. Na altura, falou-se da necessidade de não aceitar um "estado de chantagem assumida" e temeu-se que a Rússia se aproveitasse da inércia dos EUA e, por arrastamento, dos seus aliados. Foi neste contexto que Kennedy, a 26 de Junho de 1963, disse em alemão que também ele era um cidadão de Berlim. Porque, quando a liberdade é ameaçada nalgum lugar do globo, é-o também em todo o mundo e, por isso, ninguém está salvo. No passado dia 17 de Abril, o Parlamento portu

Ter ou não ter

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José Luís Nunes Martins i-online, 2013-06-22 Nunca somos o que temos. Neste mundo há a essência e a aparência. A primeira é profunda, sólida e é onde reside o ser; a outra, será superficial, efémera, funcionando como uma capa que se encontra no meio do caminho entre essências. O ter é do domínio da aparência. Atingido um limiar de sobrevivência, que pode mais um homem esperar que os seus bens lhe tragam? Poderá acreditar que a felicidade lhe chega através da sua acumulação, mas, claro, nunca nada lhe chegará, porque sempre haverá algo mais que ainda não tem... razão pela qual essa diferença marca mais um sofrimento (desnecessário): o do desejo de obter o que se não tem... poucos percebem que os bens atrapalham mais que ajudam. Poucos homens visam ser mais e melhores. A superficialidade de tanta gente é marca da sua maior miséria: a inautenticidade. Há quem venda a identidade ao ter, quem abdique do que é (ou podia ser) para o trocar por umas quantas moedas de prata que