Perguntas decisivas

POVO 15.11.15 
Ontem, o Facebook começou a encher-se de imagens de perfil sobrepostas uma translúcido bandeira francesa, procurando manifestar solidariedade com as vítimas e suas famílias, a cidade de Paris e a nação francesa perante o horrendo atentado da noite de 14 de Novembro. Sem pensar muito resisti à tentação de colorir a azul branco e vermelho o meu perfil. Hoje ao ler O perigo de pôr a foto de perfil com o filtro da bandeira francesa, percebi a razão da minha rejeição automática. O título é enganador: não se trata de um perigo associado às consequências de mostrar individualmente a nossa solidariedade. Trata-se, diferentemente do perigo de incentivar uma visão muito parcial dos acontecimentos que nos chega pela comunicação social que nos controla, já que, perante o mesmo horror em na Universidade em Garissa (6 de Abril de 2105) onde 147 estudantes foram assassinados e o recente fuzilamento em massa de 200 crianças em local incerto na Síria, não houve campanhas semelhantes. Como se a vida humana tivesse diferente cotação conforme o local do mundo em que se encontra.
Também o Partido Comunista Português condenou os atentados de Paris, mas não resistiu à sua tradicional maneira de ser, acusando a reacção de ser a verdadeira causa de tudo o que de mal acontece.
A evidência que se estampa diante dos nosso olhos, à qual não é possível fugir, porém, é esta: 
“A vida de cada um está presa por um fio, podendo ser morto em qualquer momento seja no restaurante, no estádio ou durante um concerto… Isto coloca-nos diante da pergunta decisiva: porque vale a pena viver?
É uma provocação que nenhum de nós pode evitar. Procurar uma resposta adequada à pergunta sobre o significado da nossa vida é o único antídoto frente ao medo que nos assola olhando para a televisão nestes dias, é o fundamento que nenhum terror pode destruir”
Julian Carron, presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação.
A liturgia apocalíptica destes tempos antes do Advento é uma ajuda que nos prepara para acolhermos a resposta que vem até nós afirmando-se Caminho, Verdade e Vida.

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