O bem comum em causa

Francisco Sarsfield Cabral
RR on-line 2012-07-3

Há tempos, os controladores aéreos anunciaram uma greve, que depois foi cancelada. Mas a simples possibilidade de a greve se concretizar levou a inúmeros cancelamentos de reservas em hotéis feitas por estrangeiros, que desistiram de vir a Portugal.

A TAP perdeu 6 milhões de euros. Quem perdeu mais, porém, foi o país, que precisa de turistas estrangeiros como de pão para a boca. 
Entretanto, os pilotos da TAP – que também anunciaram duas greves – dizem não ver motivos para cancelarem as paralisações. Mas esses motivos estão à vista: numa altura em que a maioria dos portugueses faz duros sacrifícios por causa do nosso endividamento ao exterior, é chocante que os pilotos da TAP, que não são propriamente dos cidadãos mais desfavorecidos, ponham os seus interesses, decerto respeitáveis, acima dos interesses nacionais. 
Os pilotos podem ter justas razões de queixa. Mas também apresentam exigências bizarras, como afastar dos actuais cargos alguns dirigentes da empresa. 
Quando a TAP procura quem a compre e o turismo estrangeiro é vital para a nossa economia, esta é mais uma machadada no bem comum. 

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