Baptismo III - 2ª consequência - Não somos nós que nos fazemos cristãos

2ª CONSEQUÊNCIA – NÃO SOMOS NÓS QUE NOS FAZEMOS CRISTÃOS 
Uma segunda consequência daquilo que eu disse é
que nós não nos fazemos cristãos.  

Tornar-se cristão não é algo que deriva
de uma minha decisão: «Agora faço-me cristão». 

Sem dúvida, também a minha decisão é necessária,
mas é sobretudo uma acção de Deus comigo:
não sou eu que me faço cristão,
mas eu sou assumido por Deus,
guiado pela mão por Deus e assim,
dizendo «sim» a esta acção de Deus, torno-me cristão.
Tornar-se cristão, num certo sentido,
é passivo: eu não me faço cristão,
mas é Deus quem me faz um homem seu,
é Deus quem me toma pela mão
e realiza a minha vida numa nova dimensão.  
Do mesmo modo como não sou eu que me faço
viver a mim mesmo, mas é a vida que me é dada;
nasci não porque me fiz homem,
mas nasci porque o ser homem me foi dado. 
E este facto do passivo,
de não nos fazermos cristãos sozinhos,
mas de termos sido feitos cristãos por Deus,
já inclui um pouco o mistério da Cruz:
só morrendo para o meu egoísmo,
saindo de mim mesmo, posso ser cristão.

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