Atenção aos outros
Prestemos atenção uns aos outros! É assim que começa a Mensagem do Papa para a Quaresma passada.
Pego num dos títulos antigos deste ano, arrumados aqui no Outlook e este pareceu-me muito apropriado para o momento que, parece-me, colectivamente estamos a viver. Digo isto porque temos dificuldade em nos ouvir.
O tempo é de discussões. Médicos e não médicos, funcionários públicos e trabalhadores privados.
Estava previsto. Quando começar realmente a apertar vamo-nos zangar todos! Porque não sabemos ouvir.
Porque também a nossa visão do que está em jogo é ofuscada pela nuvem de fumo que vem dos jornais e da televisão.
A verdade, a realidade na totalidade dos factores em jogo, é mascarada, em primeiro lugar pelo nosso próprio interesse.
Isto é patente na Carta Aberta a Maria Helena, sobre o ensino do português nas nossas escolas.
Quem devia trazer clareza, geralmente aumenta a confusão como demonstra José Manuel Fernandes usando o Acórdão do supremo Tribunal de justiça como exemplo.
Exemplo é uma função que os nossos governantes se “esquecem” de desempenhar. Isto deixa graves cicatrizes no nosso tecido cultural e comportamental. Estamos, de facto, mal habituados.
Vale-nos o exemplo das crianças, quando ainda são inocentes de qualquer manipulação.
Se calhar tudo isto se reduz a insignificâncias na perspectiva da vida eterna. Aliás é este o assunto do 4.º tópico da Lição do Papa Bento XVI à diocese de Roma sobre o baptismo:
· A doutrina dos dois caminhos: um caminho ao qual dizemos não e um caminho ao qual dizemos sim
o As renúncias:
o à pompa do demónio que nos tempos modernos é o way of life onde o que conta não é a verdade mas a aparência
o renunciais ao pecado? É mesmo possível ofender a Deus?
Finalmente,
· é justo baptizar as crianças
Então, se estamos vivos para sempre, se calhar é mesmo melhor ter atenção ao que os outros têm para nos dizer.
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