ÁGAPE
Quando chegar a minha hora
Quero olhar para trás e ver que valeu a pena
E escutar pela vez derradeira os sons
E despedir-me das paisagens,
A sorrir.
Quero estar junto daqueles que encheram de sentido
Cada breve momento que por cá passei.
E, indulgentemente,
Amar o percurso apesar de todos os tropeços
E dos sofrimentos que não são senão os marcos de um caminho que se conclui
Sempre.
Quando tiver que partir,
Quero a euforia das sextas-feiras à noite;
E se tiver que chorar, que seja de alegria
Pelo dever cumprido,
Pelo que arranquei de mim para dar a quem se me atravessou pela frente
Para que eu, espalhando sementes de esperança, pudesse permanecer para além do tempo.
Se um dia tiver mesmo que partir, como tenho,
Que deixe a lembrança daquele que quis mais, que olhou para o alto, que avançou…
Quero partir sereno, pacificado e, desvanecendo,
Despertar do outro lado, rodeado de todos os que deixei… me deixaram
E participar do banquete.
Quero olhar para trás e ver que valeu a pena
E escutar pela vez derradeira os sons
E despedir-me das paisagens,
A sorrir.
Quero estar junto daqueles que encheram de sentido
Cada breve momento que por cá passei.
E, indulgentemente,
Amar o percurso apesar de todos os tropeços
E dos sofrimentos que não são senão os marcos de um caminho que se conclui
Sempre.
Quando tiver que partir,
Quero a euforia das sextas-feiras à noite;
E se tiver que chorar, que seja de alegria
Pelo dever cumprido,
Pelo que arranquei de mim para dar a quem se me atravessou pela frente
Para que eu, espalhando sementes de esperança, pudesse permanecer para além do tempo.
Se um dia tiver mesmo que partir, como tenho,
Que deixe a lembrança daquele que quis mais, que olhou para o alto, que avançou…
Quero partir sereno, pacificado e, desvanecendo,
Despertar do outro lado, rodeado de todos os que deixei… me deixaram
E participar do banquete.
José Pedro Ramos Ascensão
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