Sabe quem fez este discurso?
21 DE FEVEREIRO DE 1997
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
"- Sr. Presidente, Sr. Deputado Sérgio Sousa Pinto, antes de lhe dirigir a pergunta que pretendo fazer, quero manifestar-lhe que é com grande revolta que participo neste debate, porque entendo que ele está viciado, por ter uma grande lacuna: não estão presentes os fetos cuja vida esta Assembleia, infelizmente, está a questionar.
Protestos do PS e do PCP.
Sr. Deputado Sérgio Sousa Pinto, o que os senhores estão a propor não é mais uma liberdade, não é uma liberdade para as mães ou para as mulheres portuguesas. O que os senhores estão a propor é a pena de morte para vidas inocentes, que foram concebidas mas que agora não são desejadas.
Aplausos do CDS-PP.
Protestos do PS.
O Sr. Deputado Sérgio Sousa Pinto disse, da tribuna, que se recusa a virar a cara aos 20 000 - há uma semana, eram 16 000- eventualmente, nesta última semana houve mais 4000 abortos clandestinos. Acho estranho até que saibam com precisão quantos são os abortos que são clandestinos. Mas vamos admitir que sejam 20 000, ou, inclusive, os 200 000 ou 300 000 que foram feitos desde que está em vigor a «lei do aborto», que regula a interrupção voluntária da gravidez. Sr. Deputado, os senhores não recusam virar a cara, mas também não encontram soluções, os senhores não propõem soluções para o aborto, apenas descriminalizam a clandestinidade, apenas retiram do Código Penal o crime que é e será sempre, no entender do Partido Popular, acabar com uma vida humana.
A Sr.ª Natalina Moura (PS): - Estava distraído durante a intervenção, Sr. Deputado!
O. Orador: - O Sr. Deputado falou na violência e disse que reconhecia, quer o Sr. Deputado, quer o seu grupo, parlamentar, a violência que é para uma mãe, para uma mulher, ter de abortar. Porquê, Sr. Deputado? Por que reconhece que é uma violência que essa mãe sofre? Reconhece isso, porque sabe que é de uma vida que estamos a falar, e, se é de uma vida que estamos a falar, acabar com ela é crime e será sempre crime.
Aplausos do CDS-PP.
Protestos do PS.
Sr. Deputado, o projecto apresentado pelo Partido Socialista está repleto de contradições entre o que os senhores dizem querer e o que se propõem, efectivamente, fazer.
O PS afirma-se preocupado com as condições económicas e sociais. Mas neste projecto de lei não estão contempladas quaisquer medidas de apoio económico e social. Saberá o Sr. Deputado quantos casais desejam a adopção de crianças e deparam com múltiplos obstáculos administrativos e burocráticos? Propõe o Sr. Deputado alguma alteração para o regime de adopção em Portugal? Não propõe, Sr. Deputado!
O PS afirma-se preocupado com as famílias monoparentais. Propõe o PS alguma alteração ao apoio social a essas famílias? Não, Sr. Deputado! O PS quis acabar com o aborto clandestino. Não pode haver maior...
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, queira terminar.
O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Seria bom que o Sr. Deputado conhecesse as razões que levam as mulheres a recorrer ao aborto clandestino. São, como há pouco foi dito, razões sociais, porque não querem que a sua gravidez seja do conhecimento das famílias e da sociedade.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, queira concluir.
O Orador: - Concluo já, Sr. Presidente.
Lamento que a iniciativa deste projecto de lei tenha sido dos Deputados da JS. Sr. Deputado, os jovens têm a ambição de mudar, têm confiança para mudar e têm força para mudar. Os senhores resignaram-se e não há velho mais velho do que aquele que nunca foi jovem, Sr. Deputado!
Aplausos do CDS-PP.
Protestos do PS."
Da página da AR
LEMBRA-SE??
LEMBRA-SE DE QUEM FALOU ASSIM?
SABE QUE AGORA SE CANDIDATA À
LEMBRA-SE DE QUEM FALOU ASSIM?
SABE QUE AGORA SE CANDIDATA À
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA?
NUNO CORREIA DA SILVA
PLATAFORMA DE CIDADANIA (PPM / PPV / PND)
Vote nos Valores! Vote na Competência!
Estamos na primeira linha dos 3 Boletins de Voto.
Com os mesmos de sempre
Não espere nada diferente!
Comentários
Bom ver que alguns BONS se mantêm na política!
Rodrigo
Papa Francisco, «Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, os cristãos, não podemos fazer de Pilatos e lavar as mãos. Não podemos. Temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais altas de caridade porque busca o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, mas eu pergunto «está suja porquê?» Porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico? É a pergunta que eu faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros... Mas eu, o que faço? Isto é um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever do cristão.»