Santo sem altar

Era uma vez uma pequena que servia numa quinta – já não se sabe onde... Esta jovem parecia de tal maneira insignificante que só a chamavam por "Ei, tu aí", "Psst, pequena" ou "Ó miúda". O seu nome havia sido completamente esquecido e ela própria também já não o recordava.
Depois da sua morte, quando se encontrou no paraíso, qual não foi a surpresa ao ver que a conduziam diante dos maiores santos do céu! Sim, porque apesar de uma vida discreta e pouco notável, a jovem tinha chegado, sem se dar conta – e talvez por causa disso – ao maior estado de santidade. (Continuar a ler…)

Impressiona-me sempre o anonimato de vidas como esta das quais ninguém se dá conta. Parecem inúteis, sobretudo porque o nosso critério de utilidade se apoia no fazer. Esta história da santa sem nome dá que pensar a todos que achamos que o que importa na vida é fazer. Muitas vezes esse frenesim de actividade esconde o secreto desejo de aparecer. A tentação está também ou sobretudo, onde a intenção é boa! Mesmo no céu há a tentação de querer ser um santo de altar!

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