Um prefácio para Chesterton
ZITA SEABRA 12/10/2016
Pedro Aguiar Pinto escreveu a meu pedido este texto para um livro de Chesterton. Em sua homenagem, aqui o publicamos com muita saudade.
Pedro Aguiar Pinto escreveu a meu pedido este texto para um livro de Chesterton. Em sua homenagem, aqui o publicamos com muita saudade.
«Quando me foi pedido que escrevesse um prefácio a este livro de citações de Gilbert Keith Chesterton pensei que não conhecia com profundidade suficiente este extraordinário autor.
Sosseguei ao recordar a função de um prefácio: procurar atrair o leitor curioso à leitura deste livro.Para um leitor curioso, esta modalidade de escrita que é o aforismo ou a frase curta que pode ser citada quando pareça oportuno, encontra nos vários escritos de G. K. Chesterton uma colheita que não é apenas abundante mas especialmente atrativa.Digo isto porque, pensando, foi assim que me atrevi a qualificar as minhas impressões sobre o que conheço da sua obra.Chesterton é talvez a minha fonte mais frequente de «frases do dia» no Povo por três razões fundamentais:1-lógica — A consistência lógica, isto é, a conformidade com a razão — experiência da realidade na totalidade dos seus fatores — do que Chesterton escreve é exemplar. Quem lê, se é leal com a sua experiência humana, não pode deixar de apreciar o nexo da palavra com a realidade.2-elegância — Não basta escrever; Chesterton escreve com uma elegância, isto é, com aquela harmonia leve que parece fácil e que se caracteriza pela suavidade da forma e do movimento.3-humor — o que é mais impressionante é que Chesterton consegue juntar ao rigor e à elegância, falando de coisas que interessam à essência da vida, ou seja, ao drama da vida, a capacidade de nos fazer sorrir. É verdadeiramente um dom especial.Que a leitura vos seja útil e agradável.
Pedro Aguiar Pinto, engenheiro agrónomo e professor catedrático de Agricultura do Instituto Superior de Agronomia da Universiddae de Lisboa. É também responsável pelo Povo, uma mailling list de um blogue de assuntos que interessam à vida e ajudam a fazer um juízo sobre o que se passa à nossa volta»
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