Esquerda e PAN aprovam adoção por casais do mesmo sexo e aborto grátis

DN 20160210 16:01

PS, BE, PCP, PEV e o deputado do PAN aprovaram diplomas que Cavaco Silva tinha vetado e obrigam agora o Presidente a promulgá-los
A maioria de esquerda confirmou esta quarta-feira a aprovação dos decretos da Assembleia da República que vão permitir a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, bem como o recurso das mulheres à interrupção voluntária da gravidez sem o pagamento de taxas moderadoras (e a obrigatoriedade de acompanhamento psicológico).
Com esta votação, o Parlamento reconfirma dois projetos aprovados em votação final global a 18 de dezembro e vetados politicamente pelo Presidente da República a 25 de janeiro, obrigando agora o Chefe de Estado a promulgá-los no prazo de oito dias a partir do momento em que os diplomas cheguem ao Palácio de Belém.
A possibilidade de casais do mesmo sexo adotarem crianças obteve 137 votos a favor (de toda a esquerda, do PAN e de 19 deputados do PSD, entre os quais a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz).
Registaram-se 73 votos contra (todos das bancadas do PSD e do CDS) e ainda oito abstenções (a maior parte do PSD).
Quanto à interrupção voluntária de gravidez, o decreto foi aprovado com 119 votos a favor (PS+BE+PCP+PEV+PAN) e 97 contra (PSD+CDS). Também neste caso Paula Teixeira da Cruz esteve ao lado dos grupos parlamentares da esquerda.
De notar que nem o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, nem o do CDS-PP, Paulo Portas, participaram nas votações.

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