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A mostrar mensagens de abril, 2015

Por uma profunda cultura de vida

30-04-2015 18:30 Nota de abertura RR online Num hospital de Lisboa, está uma menina de 12 anos, grávida de cinco meses. A gravidez é o resultado da violação pelo padrasto. Trata-se de uma situação dolorosamente íntima, mas, com a serenidade possível, é necessário separar estas duas realidades: gravidez e violação. Nos hospitais, o que move, diariamente, milhares de homens e mulheres é a defesa da vida – a vida de um bebé por nascer, de um idoso ou de um moribundo.  Mas os profissionais da vida também são confrontados com indesejáveis dilemas.  Num hospital de Lisboa, está uma menina de 12 anos, grávida de cinco meses. A gravidez é o resultado da violação pelo padrasto.  Trata-se de uma situação dolorosamente íntima, mas, com a serenidade possível, é necessário separar estas duas realidades: gravidez e violação.  No que respeita à violação, o maior escândalo é saber-se que a imensa maioria das agressões sexuais a bebés e crianças acontece dentro da falsa protecção das sua

Decidir

Inês Dias da Silva | 2015.04.30 É preciso ter sangue frio para decidir por outro. Ponderamos os prós, os contras, os nossos interesses pessoais à mistura porque normalmente não os conseguimos calar, e mais ou menos objectivamente, tentamos decidir pelo bem do outro. Às vezes conseguimos e outras vezes nem por isso. Hoje de manhã, por exemplo, o meu filho de 6 anos teve dispensa para chegar mais tarde às aulas por ter participado ontem até tarde num espetáculo da escola. Eu pensei que seria bom ele descansar mais, Deus sabe como foi bom para mim. Acabei por o levar duas horas mais tarde, aborrecido comigo e preocupado pela aula que estava a perder. Graças a Deus não tive ainda que decidir se uma criança de 12 anos deve abortar ou não uma criança fruto de abuso. Mas já tive que decidir se um filho meu deveria ter apoio ventilatório em contexto de várias infecções respiratórias tendencialmente fatais. Havia pressa para decidir, já que o miúdo estava em agonia, ouvimos com abertur

Drones no shopping

JOÃO TABORDA DA GAMA | Público, 2015.04.30 No meu tempo aeromodelismo não era mainstream, nem geoestratégia. Aeromodelismo era uma reportagem cíclica no fim do Telejornal, ou no meio do programa do Totobola, às quartas, alternando com peças sobre taxidermia. A modalidade era apresentada e mostravam-se imagens de uns sujeitos à roda à roda, tipo lançamento do martelo mas com um avião na ponta, tudo com ar domingueiro, e que terminava invariavelmente com uma entrevista ao Júlio-Isidro-praticante-de-voo-circular--controlado. Também havia os aviõezinhos telecomandados, vendidos a preços de carros a sério, naquele tipo de lojas que parece ser para crianças mas não é, templos de bricolagem frequentados por uma tribo habitual, masculina, que fala numa língua própria e que afasta toda a gente, sobretudo qualquer criança curiosa. Brincadeiras para o papá. Mas tudo mudou e agora aeromodelismo são drones e há drones por todo o lado, nos centros comerciais, nas listas de prendas das festas

Criança de 12 anos violada pelo padrasto foi autorizada a abortar

ALEXANDRA CAMPOS Público 30/04/2015 - 11:10 Especialistas do hospital consideram que há o risco de a menina sofrer danos psíquicos irreversíveis se a gravidez prosseguir. Nota do editor: e se a gravidez terminar não há risco de a menina sofrer danos psíquicos irreversíveis? A menina de 12 anos que está grávida de cinco meses depois de alegadamente ter sido violada pelo padrasto vai poder interromper a gravidez. Tomada por uma equipa multidisciplinar de especialistas do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde a menor está internada, a decisão terá contado com o aval do Ministério Público da Amadora que está a acompanhar o caso. A polémica decisão que visou salvaguardar “o superior interesse da criança” não foi tornada pública pelo hospital, que assim quis proteger a "privacidade" da menina e a "confidencialidade" médica, mas o Diário de Notícias e o Correio da Manhã divulgam-na esta quinta-feira, citando fontes judiciais. O hospital adiantara apenas, em

A força do TINA

JOÃO MIGUEL TAVARES   Público,  30/04/2015 - 05:03 Convém começar por aceitar o que não podemos mudar, para depois mudar aquilo que podemos. TINA, que é como quem diz, “There Is No Alternative”, é um acrónimo que teve grande popularidade durante os anos de Margaret Thatcher à frente do governo britânico, e foi depois recuperado no decorrer da crise de 2010 para sublinhar algo tão simples quanto isto: não há uma verdadeira alternativa ao caminho de austeridade em países profundamente endividados como o nosso, totalmente dependentes de financiamento exterior para fazer face às obrigações mais elementares. Estando o país nas mãos dos credores, a margem de manobra para lutar contra as políticas que nos são impostas de fora é pouco mais do que nula. Daí o TINA. Ou, na língua de Camões, o NHA – Não Há Alternativa. No entanto, os críticos das políticas da austeridade esforçaram-se ao longo dos últimos anos para transformar o TINA numa espécie de grau zero do pensamento

O valor da Vida

Se a vida humana não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana, mas o quê? Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) ____________________________ O caso que tem enchido páginas de jornais e minutos de telejornal – a menina de 12 anos engravidada pelo padrasto, internada no Hospital de Santa Maria – merece, em primeiro lugar, a nossa oração, mas também, o nosso juízo e a nossa acção. Nem de propósito, o Público de hoje seleccionou a frase de Saint-Exupéry sobre o valor da vida humana (em cima), colocando a questão nos seus verdadeiros termos – a vida humana tem tal dignidade que não tem preço. Aparentemente, o Hospital já decidiu . Ontem, uma equipa multidisciplinar de especialistas reuniu-se para decidir sobre uma eventual "interrupção" ou não da gravidez. Os jornais de hoje trazem ninformações desconexas. A informação que o hospital disse que não iria ser pública é hoje publ

“MÃE AOS 11 ANOS? QUE INCONSCIÊNCIA! QUE BARBARIDADE!”

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Isabel Feio,   Maria Capaz , 2015.02.06 O número de pacientes na sala de espera da Maternidade Alfredo da Costa ultrapassava o aceitável. Após consultar a agenda, dei indicação para chamarem a primeira paciente do dia. Assim que abri a porta do consultório vi uma miúda de olhar cabisbaixo acompanhada de uma senhora que se apresentou como sendo sua mãe. Ambas de etnia africana. O que vos vou contar passou-se há mais de 15 anos. Ainda antes que eu tivesse oportunidade de cumprimentar a filha, já a mãe se apressava a falar sem dar qualquer espaço a um primeiro contacto entre mim e a Maria – nome que utilizarei por ser facilmente identificável entre tantas outras. Lembro-me vagamente das palavras da mãe – ecoavam em som de fundo em ruído de baixa frequência. Enquanto isso, continuei em busca do olhar da Maria. O ruído de fundo continuava a impor-se entre nós. Baixei-lhe o volume e pedi-lhe para se manter em stand-by na sala de espera. Mas não. Puxou da antena e continuou a transmi

Diante do Mal, Só o Bem Pode Salvar.

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José Maria Duque Nós os poucos , 2015.04.29 A notícia de uma rapariga de 12 anos que, após anos de abusos e violações pelo seu padrasto, se encontrava grávida de cinco meses, encheu o país de dor e revolta. Todo o drama nos parece incompreensível e inaceitável.  Como é possível um adulto fazer tal barbaridade a uma criança? Mais ainda um adulto que tinha responsabilidades sobre a criança. Como é possível que a mãe não tenho feito nada? Como pode não ter reparado que a sua filha estava grávida? Como é possível que na escola só tenham reparado quando a gravidez já ia nos cinco meses? E os serviços sociais, que já tinham tirado a criança à família uma vez, como é que não fizeram nada antes? Os mesmo serviços sociais que são tão velozes a tirar crianças as mães só porque estas são pobres, como não repararam numa criança que já tinha estado ao seu cuidado e que foi violada durantes anos? E por fim, como é possível que um horror destes aconteça numa sociedade civilizada? Como é qu

A outra criança

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Carlos Guimarães Pinto  |  O Insurgente   Abril 29, 2015     Nesta história da criança de 12 anos grávida de 5 meses do padastro, há várias observações óbvias. Primeiro a de que o padastro deve ser punido exemplarmente por violar durante dois anos uma criança ao seu cuidado. Em segundo lugar, que a criança deve ter acesso ao melhor apoio psiquiátrico possível de forma a minorar o impacto desta situação no seu bem-estar futuro. Isto é evidente para todos. O que choca nesta história é o aparente consenso no destino a dar à outra criança envolvida (a mais pequena, no útero).  Uma criança que está a 2/3 meses de sobreviver fora do útero, e que não teve culpa nenhuma na forma como foi concebida, merece ser abortada porquê?  Que raio de opinião pública aceita isto sem pestanejar?

Hospital decidiu se criança grávida aborta ou não, mas não divulga decisão

ALEXANDRA CAMPOS Público 29/04/2015 - 17:06 Especialistas do Hospital de Santa Maria avaliaram caso de menina de 12 anos grávida do padastro. Mãe foi constituída arguida por não ter denunciado abusos sexuais. Menina de 12 anos violada por padrasto pode ou não abortar? O futuro da menina de 12 anos que está grávida de cinco meses depois de alegadamente ter sido violada pelo padrasto foi esta quarta-feira decidido por uma equipa multidisciplinar de especialistas do Hospital de Santa Maria (Lisboa) onde está internada, mas a decisão sobre uma eventual interrupção ou continuação da gravidez não vai ser divulgada. A decisão foi tomada pela “direcção clínica da instituição e por pediatras, pedopsiquiatras, obstetras, psicóloga e assistentes sociais” que analisaram em conjunto “o contexto inerente à criança”, explicou, em nota de imprensa, a directora clínica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (em que o Santa Maria está integrado), Margarida Lucas. Esta equipa levou em conta “o

Ir. Lúcia «instrumento nas mãos de Deus»

Ricardo Perna |  Família Cristã Sexta-Feira, 13 Fevereiro 2015 Dez anos sobre a morte da Vidente de Fátima Passam dez anos sobre a morte da Vidente de Fátima, a última dos três pastorinhos. Razão para a conversa com a Ir. Ângela Coelho, vice-postuladora da causa da canonização da Ir. Lúcia de Jesus. Uma conversa longa, mas entusiasmante, com uma das maiores conhecedoras da figura da Ir. Lúcia e da sua importância na história de Fátima e do mundo. Dez anos depois, qual é o legado que a Ir. Lúcia deixa? Deixa vários. Aquele que mais me surpreende, agora que contacto mais com ela na intimidade dos seus escritos, é uma mulher profundamente fiel a Deus tantos anos, e à missão que Deus lhe deixou, que foi difundir os pedidos de Nossa Senhora em Fátima, nunca baixar os braços até que ela achasse que os pedidos de Nossa Senhora foram cumpridos, de acordo com a vontade do Céu. Esta fidelidade numa vida cheia de peripécias e dificuldades, muita coisa que foi acontecendo, por vezes s