Sinal de esperança

DESTAK | 11 | 12 | 2012   21.03H
J.L. Pio Abreu

O imenso sucesso que obteve a recente campanha de angariação de alimentos promovida pelo Banco Alimentar tem duas leituras. Uma politicamente correcta: o povo é solidário. Outra, que não colide com aquela mas, porventura, menos ingénua: as pessoas reagiram com indignação contra a miserável campanha que foi movida por alguma esquerda contra os Bancos Alimentares e, principalmente, contra a sua presidente, Isabel Jonet.
Essa esquerda, que vive nas cavernas da blogosfera, escondendo-se sob pseudónimos, não gosta da “caridadezinha”, nem do “assistencialismo”, nem que se fale da “ajuda aos pobres” ou de outros temas similares que se ouvem, com frequência, nas homilias de domingo. É linguagem bafienta e de sacristia. Muito menos gosta que se recorde que o esbanjamento, a irresponsabilidade e o egocentrismo em que se viveram os últimos vinte anos, em busca da equação “ganhar o possível trabalhando o menos possível”, nos conduziu ao buraco do qual não sairemos tão cedo.
É que para sairmos teremos de recuperar valores perdidos, como a função social do dinheiro e da propriedade, o que implica o respeito por quem produz e a obrigação de produzir. Tudo isto é, para eles, os tais zombies de uma certa esquerda que vivem escondidos atrás dos seus pseudónimos, linguagem passadista e salazarenta.
O certo é que o País respondeu às insidias e vitupérios disparados contra Isabel Jonet, correspondendo à sua notável obra. Os murmúrios cavernícolas dessa extrema-esquerda emudeceram. Em todas as grandes superfícies se compreendeu que somos uma comunidade e que a fraternidade não é um valor reaccionário. Foi um sinal de esperança.

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