Mário Soares foi figura de proa do socialismo português e europeu, escreve jornal do Vaticano

RUI JORGE MARTINS    09.01.17    SNPCULTURA.ORG


O jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", noticia na edição desta segunda-feira a morte, este sábado, de Mário Soares, ex-presidente da República, primeiro-ministro e «uma das figuras de proa do socialismo português e europeu».
«Protagonista durante 40 anos da vida pública do seu país, Soares foi um dos líderes da transição portuguesa para a democracia, depois da chamada "revolução dos cravos", que em 1974 pôs termo à ditadura salazarista», lê-se no artigo.
Depois de referir que a oposição ao Estado Novo lhe custou o exílio e a prisão, o artigo salienta que Soares «foi chefe do Governo português nos anos a seguir à ditadura, entre 1976 e 1978, e depois entre 1983 e 1985, ministro dos Negócios Estrangeiros e, por fim, chefe de Estado».
O jornal assinala que Soares foi um «europeísta convicto» e lembra que sob a sua presidência Portugal começou a negociação que o haveria de levar a fazer parte da Comunidade Europeia».
«O seu valor fundamental foi a liberdade», declarou António Guterres, citado pelo "L'Osservatore", que destaca outra afirmação do secretário-geral da ONU, sucessor de Soares como primeiro-ministro: «Devemos-lhe a democracia, a liberdade e o respeito dos direitos fundamentais de que todos os portugueses beneficiaram nas últimas décadas».
O artigo também dá conta da nota da Conferência Episcopal Portuguesa, que «expressou reconhecimento a um político que "muito contribuiu para realizar a democracia e os seus valores» no país.


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