Verdades virtuais

José Luís Nunes Martins | ionline 2014.09.27

Não há várias verdades, nem cada homem tem a sua. Verdade há só uma… as mentiras é que são muitas.
Os recentes avanços das tecnologias têm distorcido os pilares fundamentais das relações humanas. As pessoas andam confusas com tantas luzes, quase incapazes de dar respostas sérias e, quando as dão, são arrogantes. Como se tivessem perdido a capacidade de filtrar, de se comprometer e de reconhecer a humildade fundamental de cada um de nós.
Vivem como se Deus não existisse. Tudo é relativo, não acreditam em compromissos, nada se passa senão à superfície e de forma rápida e passageira. Preferem mentir e parecem admirar quem lhes mente. Desanimam assim que lhes são exigidos sacrifícios reais. Sentem-se o centro de um mundo onde os outros parecem não querer colaborar. Uma espécie de multidão de reis e rainhas à procura de quem os venere.
A própria vida é gerida com base na imagem, no brilho que só têm para quem não os conhece… Tentam, a todo o custo, impressionar. Começa a ser difícil encontrar alguém inteiro e íntegro, que se entregue de forma completa, que arrisque e se arrisque como um todo. Sem nada a esconder.
Talvez porque nunca tenham sido amados, não amam, e como não amam… não compreendem. Chegam a pensar que é apenas algo tão poético quanto irreal!
O amor assusta! É certo que implica entregar a vida, sofrer. Mas é a única forma de chegar a ser feliz! Perto do amor, todas as outras alegrias são fingimentos.
Não se muda o coração de ninguém contra a sua vontade, mas um exemplo concreto de amor move montanhas.
Só quem ama ensina a amar. Os outros apenas enganam…
Quem finge amar, foge ao verdadeiro amor.
Há gente que não sabe onde é o céu…

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