Costa e o dilúvio
Costa nunca perde a pena
Nenhum mal lhe cola em cima.
Costa que uma inundação
Aflige no alto momento,
Reage com distracção,
Nem se ocupa do tormento.
Nem a água nem o vento
Ferem o ardor que o anima,
Nenhum mal lhe cola em cima.
Quer voar a um alto posto,
Do que ora ocupa nem cura;
E põe em outrem a culpa dura
em caso de dilúvio e desgosto.
Alheia ao silêncio auto imposto,
Mais a imprensa o ilumina
Nenhum mal lhe cola em cima.
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