Gonçalo Portocarrero de Almada, i-online 29 Dez 2012 ; A propósito de uma efeméride significativa do seu longo pontificado, o Beato João Paulo II foi confrontado com as impressionantes estatísticas relativas ao seu ministério petrino. Eram às dezenas as suas encíclicas, às centenas os países visitados, aos milhares os fiéis que tinha recebido e aos milhões os quilómetros percorridos na ânsia de levar a todo o mundo, literalmente, a Boa Nova do Evangelho. Qualquer um se poderia ter sentido ufano ante aqueles resultados, que atestavam, com rigor matemático, um imenso trabalho. Qualquer pessoa teria ficado satisfeita por um tão positivo saldo. Contudo, o Papa Wojtyla não se impressionou com a grandeza dos números, nem se deixou seduzir pela magnanimidade da obra realizada. E, por isso, num murmúrio, que mais parecia uma oração, interrogou-se: “Sim, é verdade tudo isso, mas… Terei eu amado o bastante?!” Esse seu comentário humilde fazia eco, sem dúvida, ao ensinamento paulino: “Ainda