S. Nuno Álvares Pereira já está no álbum dos santos

Com a Praça de S. Pedro no Vaticano completamente cheia foram canonizados esta manhã (26 de Abril) Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli, Caterina Volpicelli e Nuno Santa Maria.
Depois da apresentação de uma breve biografia dos novos santos pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, D. Angelo Amato, acompanhado pelos postuladores das causas, pediu que os cinco beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos” e “como tal sejam invocados por todos os cristãos”. Após a ladainha, Bento XVI canonizou os cinco beatos.
Na fórmula de canonização, o Papa disse: “declaramos e definimos como Santos os Beatos Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Geltrude Comensoli e Caterina Volpicelli, e inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os Santos”.
Os presentes bateram palmas e acenaram-se bandeiras. Após a proclamação dos novos santos – quatro italianos e um português - transportaram-se as relíquias dos novos santos para junto do altar. O Arcebispo Amato e os postuladores agradeceram a Bento XVI.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos pediu também que seja redigida a Carta Apostólica a respeito das canonizações que acabaram de ter lugar. Bento XVI respondeu “Decernimus”, ou seja, “ordenamo-lo”.
Os novos santos
Arcangelo Tadini, sacerdote italiano, nasceu em Verolanuova, Brescia, a 12 de Outubro de 1846. Em 1864 entrou para o seminário de Brescia e em 1870 foi ordenado sacerdote. Em 1900, Tadini fundou a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré. A elas confia o exemplo da Sagrada Família, que no silêncio e no escondimento trabalharam e viveram com humildade e simplicidade. Faleceu em 1912.
Bernardo Tolomei nasceu em Sena, s 10 de Maio de 1272, foi educado pelos Padres Pregadores e promovido a Cavaleiro do Imperador de Augsburgo. Retirou-se na solidão, junto com alguns companheiros, levando uma vida de eremita, mediante profissão monacal. Fundou, assim, o Mosteiro de “Monte Oliveto”, onde faleceu em 1348.
Gertrudes Comensoli nasceu em Val Camonica, Brescia, a 18 de Janeiro de 1847. Desde jovem tornou apóstola da Eucaristia. Por isso, com algumas companheiras, a 15 de Dezembro de 1882, instituiu a Congregação das Irmãs Sacramentinas de Bergamo, para a adoração de Jesus na Eucaristia. Faleceu na Casa por ela fundada, no dia 9 de Agosto de 1926.
Catarina Volpicelli nasceu em Nápoles, a 21 de Janeiro de 1839. Com as suas primeiras zeladoras, fundou as Servas do Sagrado Coração, a 1 de Julho de 1874, abertas a todos, sempre ao serviço da Igreja, dos últimos, dos sofredores e da juventude. Mandou construir o Santuário dedicado ao Coração de Jesus, ao lado da Casa Geral, para a adoração permanente pelo sustento da Igreja. Morreu em Nápoles a 28 de Dezembro de 1894.
Nuno de Santa Maria
Espírito contemplativo
Nuno Álvares Pereira, depois de ser religioso, estreitou mais o trato e familiaridade com o Senhor, porque então vivia no retiro, conveniente para poder sem estorvo empregar todas as potências da alma no Senhor que contemplava.
Amor à Eucaristia
«Esta a resposta que o Nuno costumava dar aos que notavam a sua frequência à mesa Eucarística: Que se alguém o quisesse ver vencido, pretendesse afastá-lo daquela Sagrada mesa em que Deus se dá em manjar aos homens, porque dela lhe resultava todo o esforço e fortaleza com que vencia e debelava seus contrários» (Papa Bento XV).
Devoção a Nossa Senhora
Nuno orava à Virgem Maria Senhora Nossa. Ao entrar no Convento de Nossa Senhora do Carmo, que mandou edificar, despojou-se de todos os títulos escolhendo para si o nome de «Frei Nuno de Santa Maria».
Pobreza, humildade e caridade
Nuno, o homem mais rico de Portugal, por amor de Deus fez-se pobre, inteiramente pobre. Distribuiu todos os seus bens pela Igreja, pelos pobres, pela família e pelos antigos companheiros de armas.
Despojado de tudo pede por caridade. Só por ordem do Rei é que deixou de andar pelas ruas a pedir esmola para os pobres. Do que o Rei lhe mandava para seu sustento, distribuía tudo o que podia pelos pobres, socorrendo e assistindo na agonia os moribundos. Mais caritativo era para com o seu próximo quando havia oportunidade de o socorrer nas enfermidades. Assistia os pobres nas doenças, não só com os alimentos necessários, mas com as ofertas que lhes dava.



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