Cimeira de palavras

JOÃO CÉSAR DAS NEVES

DESTAK | 02 | 04 | 2009 08.05H

Começa hoje em Londres a segunda cimeira de líderes dos G-20. O grupo existe desde 1999, funcionando a nível de ministros das finanças e governadores de banco central. A primeira reunião de chefes de Estado deu-se a 14-15 de Novembro passado em Washington.

A maneira mais simples de descrever o encontro é como um circo. Isto não tem de ser uma crítica. O principal propósito da reunião é levantar o moral e elevar as expectativas da opinião pública mundial. Isso constitui um dos factores mais decisivos na actual crise.

O nervosismo e até o pânico são em grande medida a causa desta recessão, sendo esse o único elemento que pode transformar um choque económico num desastre global. Se desta reunião sair uma perspectiva favorável e credível, os resultados serão excelentes.

Infelizmente num circo há palhaços, ilusionistas, equilibristas, malabaristas e muitas feras, como acontecerá no encontro destes dias. A possibilidade de surgirem confusões, desentendimentos e até conflitos é muito elevada. Nesse caso a imagem será precisamente a oposta da pretendida, com o mundo a ver que nem os seus dirigentes se entendem.

O mais provável é que se trate de uma cimeira de belas palavras mas sem resultados, que em breve ficará esquecida. Apesar do enorme barulho mediático e aproveitamentos de táctica doméstica, pouco restará de útil. A confusão vê-se logo na dificuldade que têm de fazer as coisas mais elementares, como contar. Vão estar 21 países e uma comunidade (UE) nesta reunião dos G-20.


2 de Abril - 4 anos depois da morte de João Paulo II


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