Depois da reforma

Francisco Sarsfield Cabral
RR 10 Dez, 2015

A velhice não deve significar o abandono de toda e qualquer tarefa e as empresas e os serviços públicos deveriam aproveitar a experiência de muitos reformados para várias tarefas.
Os reformados portugueses cada vez mais passam os dias fechados em casa, a ver televisão. É uma das conclusões de um estudo da socióloga e directora da Pordata Maria João Valente Rosa, feito a partir de um inquérito e a pedido da Fundação Inatel.
Para uma sociedade como a portuguesa, em crescente e rápido envelhecimento, não parece uma evolução saudável. Melhor seria que entre nós tivesse avançado o “envelhecimento activo”, implicando o exercício de actividades como voluntariado, trabalho a tempo parcial, etc.
A velhice, hoje, não deve significar o abandono de toda e qualquer tarefa, até porque os meios informáticos e electrónicos facilitam o teletrabalho.
As empresas e os serviços públicos deveriam aproveitar a experiência de muitos reformados e não apenas em tarefas intelectuais – por exemplo, ajudando na orientação de jovens trabalhadores. O que implica não continuar a desvalorizar profissionalmente as pessoas a partir de uma certa idade – às vezes, 50 e poucos anos.
E os próprios reformados só têm a ganhar em manterem-se parcialmente activos. Deveriam lutar por isso.

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