A Gruta, a Porta e a Misericórdia

Jesus nasceu numa gruta porque a porta da hospedaria não se abriu para o acolher. A gruta não tinha portas e por isso os pastores e todos aqueles que foram a Belém para adorar o Menino não tiveram qualquer barreira. O que contemplamos em qualquer Presépio, especialmente após São Francisco o ter formalmente instituído, é o Deus feito Homem que vem, com toda a simplicidade e sem portas, ao nosso encontro.
No entanto, Jesus é Ele mesmo a Porta pois é através d’Ele que nos encontramos com o Pai. Por esta razão nos anos jubilares se abrem as portas das igrejas para que, como refere o Papa Francisco, os fiéis ao atravessá-las “possam ser abraçados pela Misericórdia de Deus e se comprometam a serem misericordiosos com os outros, como o Pai o é connosco”.
O que é então a Misericórdia? O Papa Francisco assim explica: “é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”.
Por tudo isto, o Natal é a Porta da Misericórdia. O desafio que a cada um de nós é lançado é o de abrir a nossa própria porta para que Jesus more cá dentro, no nosso coração. Cada um de nós é o verdadeiro Templo onde Jesus quer habitar. Abrir ou fechar a porta é uma opção de cada um. Não fechemos a porta!

Santo Natal!

Vasco Mina

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