30º ANIVERSÁRIO DA CONSAGRAÇÃO DA CIDADE DE LISBOA

“Espalhar, pelos quatro cantos do mundo, a devoção ao Imaculado Coração de Maria”

Tal como acontece desde 1985, o Grupo da Imaculada promoveu a Renovação da Consagração da cidade de Lisboa ao Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado do mês de julho, com o Cardeal-Patriarca a presidir à Eucaristia, na Sé, antes da procissão rumo ao Largo da Senhora do Monte, onde está situado o Monumento ao Imaculado Coração de Maria.
“Tudo é feito por amor a Nossa Senhora. Nós fazemos o que podemos, Ela faz o resto!”, garante ao Jornal VOZ DA VERDADE Maria da Graça Azevedo Soares, que é, atualmente, a representante em Lisboa do Grupo da Imaculada, um movimento da Igreja que promove, em cada ano, a Renovação da Consagração da cidade de Lisboa ao Imaculado Coração de Maria. Este ano, no 30º aniversário da Consagração que se realizou em 1985, esta iniciativa contou com a participação, na Eucaristia da tarde, do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
O passado sábado, dia 4 de julho, foi especial para o Grupo da Imaculada. Antes da Missa na Sé, houve a exposição do Santíssimo Sacramento e a recitação do Rosário, com “um grupo de senhoras da paróquia da Graça que apoia o movimento, as Famílias Numerosas com as suas crianças, num momento muito bonito, e a Ordem dos Cavaleiros do Santo Sepulcro”, descreve esta responsável. Após a celebração eucarística com o Cardeal-Patriarca, a procissão até ao Largo da Senhora do Monte foi presidida pelo pároco da Sé, cónego Luís Manuel. “Participou muita gente! E mesmo durante a procissão houve pessoas que se incorporaram, porque há muito carinho no povo português por Nossa Senhora”, observa Maria da Graça.
Primeiro sábado de julho. É nesta data que, segundo explica esta devota de Nossa Senhora, acontece sempre, na Diocese de Lisboa, a Renovação da Consagração da cidade ao Imaculado Coração de Maria. “Ter uma data fixa desta forma, o primeiro sábado de julho, facilita a participação das pessoas”, aponta Maria da Graça, que pertence ao movimento desde 1987, data a partir da qual participou em todas as Renovações da Consagração ao Imaculado Coração de Maria da cidade de Lisboa.
Devoção
Maria da Graça Azevedo Soares conheceu o Grupo da Imaculada através de pessoas amigas. De Lisboa, partiu, nesse ano de 1987, rumo a Vila Viçosa para participar na Consagração desta terra alentejana ao Imaculado Coração de Maria. “Tudo o que é de Nossa Senhora toca-me o coração! Desde criança que sou muito devota de Maria, que tem um papel fundamental em toda a minha vida”, refere. Esta peregrinação marcou a entrada de Maria da Graça neste movimento da Igreja, que foi fundado em Fátima, em 1984, por Maria das Candeias Martins Morgado. “O movimento nasceu por inspiração divina da nossa fundadora, meditando, em particular, o pedido de Nossa Senhora: “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Foi esta parte da mensagem que mais tocou a nossa fundadora, que fez primeiro a consagração na sua terra, Aldeia Nova de São Bento, na Diocese de Beja, no Alentejo”.
Com esta primeira consagração no Alentejo, foi inaugurado o primeiro Monumento ao Imaculado Coração de Maria. Seguiu-se, em dezembro desse mesmo ano de 1984, uma peregrinação a santuários marianos na Europa e em 2 de fevereiro de 1985, dia de Nossa Senhora das Candeias, decorreu o primeiro encontro do Grupo da Imaculada. “Este é um movimento de leigos para leigos, aprovado canonicamente pela Conferência Episcopal Portuguesa, para espalharmos pelo mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. É uma devoção exigente, mas que abraçamos com amor e carinho por Nossa Senhora”, frisa Maria da Graça. “O carisma do Grupo da Imaculada alicerça-se nas palavras de Nossa Senhora aos Pastorinhos, na segunda Aparição em Fátima, em 13 de Junho de 1917: “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração””, acrescenta, sublinhando que “toda a espiritualidade do movimento é fundada na Mensagem de Fátima, na Sagrada Escritura, na Eucaristia, na Adoração ao Santíssimo”.
Este movimento de leigos para leigos, com sede em Fátima, está presente em praticamente todas as dioceses portuguesas e tem como assistente espiritual nacional o padre José Alfredo Patrício, da Diocese de Lamego.
Todos os meses, os membros do movimento reúnem-se em Fátima, por norma no segundo sábado do mês. “Em março e em outubro, em datas a confirmar com o Santuário de Fátima, organizamos os Encontros Internacionais, com Missa Internacional, às 11 horas, na Basílica da Santíssima Trindade, e Encontro de Espiritualidade, na parte da tarde, no Centro Pastoral Paulo VI”, salienta, lembrando igualmente “o retiro, por norma no início do ano, e a peregrinação anual” do movimento, assim como os encontros de formação.
Na ação dos membros do Grupo da Imaculada está sempre presente “o estímulo à recitação diária do Terço, a devoção reparadora dos Cinco Primeiros Sábados e a oração em família, Igreja doméstica, como penhor da sua união”, descreve Maria da Graça.
Consagrações pelo mundo
As consagrações e os monumentos nas terras de Portugal “passam já dos 200”. Na Diocese de Lisboa há quatro Monumentos ao Imaculado Coração de Maria: em Lisboa, no Largo da Senhora do Monte, junto à Graça, em Cascais, em Sintra (Nafarros) e em Torres Vedras (Silveira). “Os Monumentos ao Imaculado Coração de Maria são sempre todos iguais, tanto em Portugal como no estrangeiro. Tal como são iguais, em todo o lado, as celebrações da Consagração, com as respectivas procissões e as pagelas”.
Pelo mundo, o movimento está presente na Europa, nomeadamente na Polónia e na Ucrânia, na América Latina, em países como o Brasil, o Perú, o Chile ou a Argentina, nas Antilhas Holandesas, em África, em especial São Tomé e Príncipe e na Guiné, e também nas Filipinas, em Macau, este último construído quando ainda era território português, na Ilha Formosa, onde há dois monumentos, e na China continental. “Em todos estes países, a Consagração ao Imaculado Coração de Maria é sempre levada por elementos do Grupo da Imaculada. A primeira coisa que fazemos quando vamos a uma terra para construir um monumento e consagrar essa terra é pedir autorização do Bispo diocesano e depois do pároco do local onde queremos colocar a Imagem de Nossa Senhora”.
O Grupo da Imaculada lembra, “com carinho”, a audiência-geral com o Papa: “No Ano Santo Mariano, em 1988, no dia 17 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas, fomos à audiência-geral e oferecemos ao Santo Padre João Paulo II uma maquete em miniatura do monumento e um álbum de fotografias das Consagrações em todo o mundo. Uma parte da mensagem da audiência desse dia foi dirigida ao nosso Grupo da Imaculada. O mesmo fizemos com os Santos Padres Bento XVI e Francisco”.
Desafios
Em termos de novos países, o Grupo da Imaculada espera que possa ser feita na Rússia, em 2016, a primeira Consagração ao Imaculado Coração de Maria, com o respectivo monumento.
Concretamente no Patriarcado de Lisboa, o desejo do Grupo da Imaculada passa por ter, “todos os anos, um pároco diferente da cidade e da periferia a presidir à Renovação da Consagração de Lisboa ao Imaculado Coração de Maria”.
Renovação da Consagração da cidade de Lisboa, dos seus lares, das suas famílias e de cada um ao Imaculado Coração de Maria
Imaculado Coração de Maria, nós, os habitantes desta Cidade de Lisboa e sua periferia, consagramos ao Vosso Imaculado Coração os nossos lares, cada um em particular e as nossas vidas, pedindo a graça da Paz e da Alegria alumiada pela Fé.
Cobri com o Vosso Santíssimo Manto os nossos lares e esta Cidade de Lisboa.
Abrigai-nos no Vosso Maternal e Imaculado Coração. Amén.
Salve-Rainha 
Simbolismo do Monumento
Nos Monumentos ao Imaculado Coração de Maria, promovidos pelo Grupo da Imaculada, encontram-se elementos do Antigo e do Novo Testamento, da Mensagem de Fátima e da Doutrina da Igreja. Os três degraus constituem os alicerces do monumento e representam os alicerces da Vida Espiritual.
As quatro colunas do Monumento, onde se apoiam os vidros, representam as quatro colunas da Igreja, os quatro Evangelistas, refere a página na internet do movimento, www.grupodaimaculada.com/site.
Dentro do Monumento está Nossa Senhora. “A Imagem de Nossa Senhora é a imagem do Imaculado Coração de Maria, mostrada em Fátima aos Pastorinhos, na aparição de 13 de junho de 1917”, salienta a nota. “Nossa Senhora continua a ser Ponte porque, pelo seu ‘fiat’, trouxe Aquele que nos havia de remir da falta dos nossos primeiros pais. Assim, é Ponte e, ao mesmo tempo, Nossa Mãe e intercessora, por ser a Mãe de Deus”, acrescenta.
O telhado tem quatro águas “que representam os quatro rios do Paraíso, como nos fala o Génesis 2, 11-14, e por onde corre, para os quatro cantos do mundo, um ponto essencial da Mensagem de Fátima: ‘Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria’”. Em volta do monumento estão 5 pilares que sustentam um Terço. “Os 5 pilares representam os Cinco Primeiros Sábados, pedidos na Mensagem de Fátima. O Terço está ali a lembrar que Nossa Senhora, em Fátima, em 1917, nas seis aparições, pediu que se rezasse o Terço todos os dias”, termina a informação no site do Grupo da Imaculada.

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