Ficou sem 7 filhos por recusar laqueação de trompas

"aquilo que nos é pedido é uma permanente capacidade de discernir, um esforço diário para ter um olhar critico sobre tudo o que nos dizem que acontece e um olhar atento sobre tudo o que acontece, mas não nos dizem" (aqui).

Pasmo com esta notícia do Sol de ontem. Não faço mais comentários. Que cada um faça este esforço pessoal de discernimento
Ficou sem 7 filhos por recusar laqueação de trompas
Sol, 18 de Janeiro, 2013por Margarida Davim
Liliana Melo ficou sem sete dos seus dez filhos há sete meses. Por ordem do Tribunal de Sintra, as crianças, com idades entre os seis meses e os sete anos, foram sujeitas à medida de protecção de menores mais extrema: dadas à confiança para adopção, perdendo todos os vínculos parentais para sempre.
A sentença determinou que as filhas mais velhas ainda menores, na altura com 16 e 11 anos, ficassem com os pais. Mas o tribunal entendeu que a menor de seis meses, os gémeos de dois anos e os irmãos de três, cinco, seis e sete anos estavam em risco, e resolveu retirá-los de casa.
No processo, não há qualquer referência a maus-tratos físicos ou psicológicos ou a outro tipo de abusos. Na sentença, a que o SOL teve acesso, considera-se mesmo que há laços de afectividade fortes na família e refere-se que as filhas mais velhas têm sucesso escolar e estão bem integradas no seu ambiente social. A decisão do Tribunal de Sintra sustenta-se nas dificuldades económicas da família e no facto de a mãe ter desrespeitado o acordo de promoção e protecção de menores ao recusar-se a laquear as trompas.
Tribunal determinou laqueação de trompas
Esse acordo – proposto pelas técnicas da Segurança Social e homologado pelo juiz – obrigava os pais a tomar uma série de medidas, entre as quais realizar uma operação para não poderem ter mais filhos.
«Tinha de arranjar emprego, zelar pela higiene e vestuário das crianças, assegurar a pontualidade e a assiduidade deles na escola, ter em dia os planos de vacinação e fazer uma laqueação das trompas», conta a mãe, lembrando que deixou claro ao juiz que, por ser muçulmana, não se poderia submeter a essa operação. «O que o juiz me disse foi que tínhamos de deixar em África os nossos hábitos e tradições e que aqui tínhamos de nos adaptar». margarida.davim@sol.pt

Comentários

Costa200 disse…
Proponho que, para que estes casos se opte por respeitar as "tradições" destas pessoas por completo. Incluindo tradicionalmente deixar morrer os filhos à fome por insuficiências económicas dos pais.

Se pedir a uma mulher com 10 filhos que pare de ter filhos é uma violação tão grande dos seus direitos, acho que os que pensam assim devem suportar por completo essas crianças e deixar o meu dinheiro dos impostos de fora.

O problema é que hoje as pessoas querem os "direitos" e não se chegam à frente para os "deveres". Incluindo o dever de alimentar e dar casa aos filhos.

E não, não se trata de qualquer discriminação, pois pensaria de qualquer modo sobre qualquer mãe incapaz, fosse de qualquer religião ou etnicidade.

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