JULGAR MAL UMA OBRA
Mensagem Semanal do P. António Vieira SJ
JULGAR MAL UMA OBRA Semana 48: 24 a 30.11.08
“Julgar mal uma obra boa, grande maldade é: mas julgar, ou bem, ou mal um pensamento, que não pode ser conhecido, ainda é maior tirania. Se não conheces, nem podes conhecer o pensamento, como te atreves homem a julgá-lo? É tão reservado a só Deus o juízo dos pensamentos, que nem de toda a Igreja católica fiou Deus o julgar um pensamento: Ecclesia non judicat de interno. E o que Deus não fia dos Pontífices, o que não fia dos Concílios, o que não fia de toda a Igreja, que é julgar meus pensamentos, isso faz o juízo de qualquer homem. Parece-vos muito isto? Parece-vos muito, que os homens julguem pensamentos, e condenem só por pensamentos? Ora aguardai, que ainda não disse nada. E quantas vezes vos julgaram, e condenaram os homens pelo que nunca vos passou pelo pensamento? Eis aqui outra maior diferença dos dois juízos: Deus julga, e condena por pensamentos, os homens julgam, e condenam pelo que nunca passou pelo pensamento. (...) Com este rigor nenhuma comparação tem o juízo de Deus. Para Deus condenar por pensamento é necessário, que haja pensamento, que seja mau, e que se consinta: para o homem condenar do mesmo modo, não é necessário, que se consinta, nem que seja mau, nem que haja pensamento. Pode-se imaginar maior rigor, maior injustiça, maior crueldade, que esta? Eu cuidava, que não; mas ainda passa adiante a sutileza, e a crueldade do juízo dos homens. Não só vos condenam os homens pelo que não vos passou pelo pensamento a vós, mas condenam-vos pelo que nem lhes passou pelo pensamento a eles. Mais claro. Não só vos condenam os homens pelo que vós nunca imaginastes, mas condenam-vos pelo que nem eles imaginam de vós”. (Sermão da 2ª Dominga de Advento)
Um grande e amigo “Bem haja”, meu e de todos, ao Dr. Fernando Magalhães que mandou mais este pequeno texto vieirino, para dele podermos “sacar provecho”.
Segue também toda a amizade do P. Amadeu
JULGAR MAL UMA OBRA Semana 48: 24 a 30.11.08
“Julgar mal uma obra boa, grande maldade é: mas julgar, ou bem, ou mal um pensamento, que não pode ser conhecido, ainda é maior tirania. Se não conheces, nem podes conhecer o pensamento, como te atreves homem a julgá-lo? É tão reservado a só Deus o juízo dos pensamentos, que nem de toda a Igreja católica fiou Deus o julgar um pensamento: Ecclesia non judicat de interno. E o que Deus não fia dos Pontífices, o que não fia dos Concílios, o que não fia de toda a Igreja, que é julgar meus pensamentos, isso faz o juízo de qualquer homem. Parece-vos muito isto? Parece-vos muito, que os homens julguem pensamentos, e condenem só por pensamentos? Ora aguardai, que ainda não disse nada. E quantas vezes vos julgaram, e condenaram os homens pelo que nunca vos passou pelo pensamento? Eis aqui outra maior diferença dos dois juízos: Deus julga, e condena por pensamentos, os homens julgam, e condenam pelo que nunca passou pelo pensamento. (...) Com este rigor nenhuma comparação tem o juízo de Deus. Para Deus condenar por pensamento é necessário, que haja pensamento, que seja mau, e que se consinta: para o homem condenar do mesmo modo, não é necessário, que se consinta, nem que seja mau, nem que haja pensamento. Pode-se imaginar maior rigor, maior injustiça, maior crueldade, que esta? Eu cuidava, que não; mas ainda passa adiante a sutileza, e a crueldade do juízo dos homens. Não só vos condenam os homens pelo que não vos passou pelo pensamento a vós, mas condenam-vos pelo que nem lhes passou pelo pensamento a eles. Mais claro. Não só vos condenam os homens pelo que vós nunca imaginastes, mas condenam-vos pelo que nem eles imaginam de vós”. (Sermão da 2ª Dominga de Advento)
Um grande e amigo “Bem haja”, meu e de todos, ao Dr. Fernando Magalhães que mandou mais este pequeno texto vieirino, para dele podermos “sacar provecho”.
Segue também toda a amizade do P. Amadeu
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