Tudo muito simples
Havia para os portugueses uma espécie de sacralização das refeições, um ritual em família durante o qual se ensinavam alguns valores como a importância da pontualidade, o respeito pelo chefe de família e pela organização doméstica, a educação à mesa nos gestos, na contenção das palavras, na precedência a servir- -se, enfim, as refeições, em particular o jantar, eram um momento educativo por excelência.
Li algures que está a tornar-se moda as refeições "drunch", a emparceirar com os já populares "brunch", juntando-se agora o almoço tardio e o jantar, numa resposta prática para as necessidades de quem já não quer jantar a sério ou de quem recolhe cedo.
Não digo que isto não seja muito prático e dinâmico, certamente que sim, há que simplificar. Mas, a pouco e pouco, almoço e jantar vão perdendo a sua formalidade, já não haverá crianças amuadas à frente de um jantar sem ketchup, nem jovens a ouvir ralhetes porque chegaram depois do pai estar sentado à mesa, nem mães ansiosas por ouvir gabar os seus cozinhados. E sentarem-se todos à mesa, sem televisão nem telemóveis, já deve ser uma raridade.
Tudo muito simples, à medida de cada pessoa. Só falta tudo o resto, que é muito.
Li algures que está a tornar-se moda as refeições "drunch", a emparceirar com os já populares "brunch", juntando-se agora o almoço tardio e o jantar, numa resposta prática para as necessidades de quem já não quer jantar a sério ou de quem recolhe cedo.
Não digo que isto não seja muito prático e dinâmico, certamente que sim, há que simplificar. Mas, a pouco e pouco, almoço e jantar vão perdendo a sua formalidade, já não haverá crianças amuadas à frente de um jantar sem ketchup, nem jovens a ouvir ralhetes porque chegaram depois do pai estar sentado à mesa, nem mães ansiosas por ouvir gabar os seus cozinhados. E sentarem-se todos à mesa, sem televisão nem telemóveis, já deve ser uma raridade.
Tudo muito simples, à medida de cada pessoa. Só falta tudo o resto, que é muito.
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