E se os meninos deixassem em paz o sítio do costume e fossem brincar para outro lado?

Helena Matos
Público 2011.03.24
E se os meninos deixassem em paz o sítio do costume e fossem brincar para outro lado?

No início deste mês de Março, em Madrid, um grupo de criaturas sem mais que fazer resolveu entrar na capela da Universidade Complutense onde, entre copos e charros, brincaram às missas e às sessões de top less.
Fotografaram tudo e colocaram as imagens da proeza na internet. Como é óbvio a seguir veio o debate sobre os limites ou da falta deles destes grupos extremistas, muito activos a exigir que os respeitem e muito eficazes a infernizar a vida aos demais. Naturalmente já foi apresentada queixa contra os protagonistas deste desacato. Pois a mim parece-me que não só não se deve apresentar queixa alguma como se devem incentivar estes actos, sobretudo deve-se promover a sua deslocalização. De repente ocorre-me que podiam, por exemplo, repetir a façanha numa mesquita. Faziam tudo tal e qual como na capela da Complutense: entravam a correr em magote, simulavam a oração, embebedavam-se, fumavam, despiam-se, fotografavam os bracinhos com palavras de ordem a prometer violência, insultavam os fiéis e faziam uns graffitis. Depois colocavam as fotografias na internet. Os imans de quem estes activistas da Complutense tanto gostam não deixariam certamente de querer trocar com eles umas ideias sobre estes eventos. Como diz o povo era remédio santo. No sentido místico e físico do termo.


Comentários

Anónimo disse…
É tão fácil bater em quem é pacífico e oferece a outra face! Estes arruaceirosos são de facto cobardes e concordo totalmente: Fizessem o mesmo na mesquita e nunca mais teriam capacidade de emitir um murmúrio que fosse.

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