Canonização do Padre José de Anchieta - 2 de Abril

Zenit, 31.3.2014
"No dia 2 de abril de 2014, o pe. José de Anchieta, cofundador da cidade de São Paulo,  é  canonizado sem os dois milagres geralmente necessários; um para a beatificação e outro para a canonização propriamente dita. Os canonistas chamam este procedimento de "canonização equipolente" (equivalente), pois ela equivale ao processo normal para declarar que determinada pessoa falecida se encontra junto de Deus, no céu, intercedendo pelos que ainda vivem na terra.
O papa Francisco assina um decreto, canonizando o jesuíta. O processo de Anchieta teve início em 1597, ano de sua morte e se arrasta há 417 anos. Houve muitos percalços, incluindo dificuldades financeiras e até a supressão da Companhia de Jesus em 1773. No entanto, recentemente, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, vislumbrou a possibilidade de se mudar de estratégia, com a canonização equipolente.
Na canonização equipolente deve-se ater a três requisitos básicos: 1) a prova do culto antigo ao candidato a santo, 2) o atestado histórico incontestável da fé católica e das virtudes do candidato, 3)  a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato. Destarte, pe. Anchieta preenche sobejamente as três condições. Com efeito, são inúmeros os milagres e graças atribuídos à intercessão dele. Veneram-no como bem-aventurado (que está no céu)  gente de São Paulo e fiéis do Brasil todo, bem como Ilhas Canárias, local onde Anchieta nasceu.
A canonização de José de Anchieta é um acontecimento social e religioso. Deveras, a pujança, a desenvoltura da cidade de São Paulo em muito é tributária da operosidade dinâmica dos jesuítas. Da mesma forma que a Companhia de Jesus se expandiu avassaladoramente em pouquíssimo tempo, São Paulo progrediu miraculosamente, talvez graças ao toque inicial de São José de Anchieta e pe. Manoel da Nobrega."

Ecclesia, 20.3.2014 
O Papa Francisco vai presidir no dia 24 de abril a uma Missa na igreja de Santo Inácio, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta(1534-1597), religioso ligado à evangelização no Brasil e que será proclamado Santo a 2 de abril, por meio de um decreto pontifício.
Nascido em Tenerife, nas Canárias (Espanha), o jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou juntamente com o padre português Manuel da Nóbrega um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo.
José de Anchieta veio para Portugal aos 14 anos, sendo aluno do Colégio das Artes e Humanidades, em Coimbra, confiado aos jesuítas, anexo à Universidade local.
Ali entrou no noviciado da Companhia de Jesus, e foi depois destinado à missão do Brasil.
Segundo a Rádio Vaticano, O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Os três futuros santos foram beatificados por João Paulo II a 22 de junho de 1980, com outras duas figuras da Igreja Católica na América, Pedro de Betancour (1626-1667) e Catarina Tekakwitha (1656-1680), entretanto canonizados.
A ‘canonização equipolente’ é um processo instituído no século XVIII por Bento XIV, através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todo para que observe a veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”.
Francisco já recorreu a este procedimento em outubro, com a Beata Ângela de Foligno (1248-1309), e em dezembro, com o jesuíta Pedro Fabro (1506-1546).

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