Se tu soubesses o (dom) amor de Deus!


Sofia Costa Guedes
2014-02-11

Hoje dia 11 de Fevereiro, é dia de Nossa Senhora de Lurdes, dia mundial do Doente e dia em que se comemora a morte consentida de milhares e milhares de seres humanos. Seres humanos, filhos de pai e de mãe, que o Estado, e toda a mentalidade do presente, não reconhece e diz que é permitido matar e que ainda apoia! "Crucifica-o! Crucifica-o!"
Não quero falar de morte! Mas não posso deixar de lembrar e pedir perdão por todos os que partiram, levados por um Tsunami silencioso, cirúrgico e perverso.
De quem é a culpa? Das mães? Dos pais? Dos políticos? Dos regimes? Não sabemos responder, mas dos bébés, é que não é de certeza!
E onde quero chegar?
Aos corações daqueles que estiveram hoje na AR a debater os 7 anos do Aborto em Portugal, que olham apenas para números, que fazem estatísticas, que contam os sucessos, os abortos bem conseguidos, sem consequências negativas, como complicações físicas para as mães, mas que não olham à dor profunda que fica por sarar, à vida que se perde e à mãe que é mãe dum filho morto! Aqueles que para combater estes números, recorrem a outras contas, a propostas de revisões de lei, etc. etc. Um debate onde prevalece sempre a política, hoje nunca focada no melhor para todos o ser humano, mas muito focada no sucesso das leis que consegue ou não aprovar!
Agradeço a todos os que pela defesa da Vida, procuram minimizar e promove-la através de politicas e leis menos más do que as existentes. Eu própria estou envolvida. Mas, cada vez tenho mais a certeza de que esta conversa é de loucos! Porque estamos a tentar explicar o óbvio e ninguém quer saber disso! Não queremos simplificar!
A vida é sempre vida, cada ser humano é único, com uma missão, com uma razão de existência. E essas vidas só serão de novo valorizadas, quando as olharmos como Criação privilegiada de Alguém Maior do que nós! A vida do homem não é uma questão política! É uma verdade e realidade fundamental! Estamos a falar de pessoas! Com inteligência, com sentimentos, com capacidades sociais, com uma alma capaz de chegar mais longe, muito para além do palpável!
Como dizia hoje o Prof. Michel Renaud, a propósito da ética e da bio-ética, nem tudo o que tecnicamente é possível, é eticamente desejável.
A ética deve ser a linha da fronteira que pode ajudar os homens a conhecer os seus limites. Mas enquanto não trouxermos Deus para a vida de todos e cada homem, nunca olharemos o próximo como igual, como UM DE NÓS!
Há no entanto luzes a acenderem-se na Europa de hoje, nalguns poucos com responsabilidade politica, mas em quase toda a sociedade civil, podemos ver uma revolução positiva em prol da dignidade da vida humana, e de tudo o que lhe é mais valioso, a começar pela Família! Lembremos o que foram as manifestações em favor da família na passada semana e França e em Espanha!
E porquê? Porque os cristãos estão unidos por esta causa que é a mais importante e nobre da vida dos povos e das nações. Não disfarçam, não estão com respeitos humanos. Arriscam a Verdade, porque sabem que é ela que os move.
O 1º Mandamento será eterno: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos"! E se refletirmos sobre isto, devemos-nos perguntar: "como me amo?" Quem sou eu? E quem é o próximo?"
Não sei se um dia verei, Portugal com esta atitude, também não é isso que interessa, porque o que vale mesmo é saber que demos a vida, para chegarmos a essa vitória. E isto será cada vez mais possível e breve, se dissermos a todos:
"Se tu soubesses o (dom)Amor de Deus?"

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