A revolução de Francisco

DESTAK | 19 | 03 | 2013
José Luís Seixas

Estes últimos dias têm exibido uma Europa em absoluto desnorte, com lideranças a assumir comportamentos e decisões que, à luz do mais elementar bom senso, são incompreensíveis. As controvérsias a propósito do resgate do Chipre são um dramático, mas cristalino, exemplo da ausência de serenidade que paira no Continente e um sério presságio de realidades indesejáveis, mas emergentes.
Por entre este obscurantismo, um raio de luz despontou na Praça de S. Pedro. A homilia do Papa Francisco, convidando-nos a todos, titulares dos poderes ou cidadãos comuns, para sermos "guardiões dos dons de Deus", conforma, com a simplicidade e a profundidade do que é autêntico, o decálogo da mudança: "É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente, tudo está confiado à guarda do homem e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos."
Seremos cada um de nós capazes de interiorizar esta missão e, assim legitimados, exigi-la aos governos das Nações?

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