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A mostrar mensagens de março, 2011

Legítima defesa

DN 2011-03-31 VIRIATO SOROMENHO-MARQUES Portugal atingiu o seu ponto mais baixo desde a instauração da III República. A integridade da sua economia, incluindo as suas empresas exportadoras e os seus bancos, a segurança das poupanças dos cidadãos particulares, a expectativa de emprego da juventude, a boa reputação do País nos meios diplomáticos e culturais externos, tudo isso que constitui o precioso capital material e simbólico de uma nação está hoje manchado de opróbrio. Portugal é vítima da sua própria liderança política. A mais incompetente, tanto técnica como moralmente, desde os tempos do terrorismo urbano da I República. A culpa não é anónima. O primeiro-ministro (PM) resolveu conspirar abertamente contra o interesse nacional, ao abrir, em 11 de Março, uma crise política com o intuito de esconder ao País que nenhuma das medidas levadas a cabo pelo seu Governo nos iria livrar de pedir o apoio do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Com um obrigatório e doloroso "

Frase do dia

Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa Lc 11, 23

Acordo

DESTAK |30 | 03 | 2011   20.11H João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Portugal tem uma crise financeira urgente, uma crise económica estrutural e uma crise social latente. Mas o que ocupa todos é a lúdica crise política. Nessa, o mais espantoso é dizer-se que a demissão do Governo marca o início do combate, quando realmente assinala um compromisso e acordo de cavalheiros. Nos últimos meses viveu-se uma magna encenação, em que cada discurso dizia precisamente o inverso do desejo íntimo do orador. O Governo estava ansioso por ser derrubado, para se libertar do aperto crescente da falência; mas não mostrava tal desejo, querendo poder acusar a oposição disso. A Oposição queria que o Governo se mantivesse em funções, acumulando o odioso da austeridade, mas sem pretender as culpas da sua manutenção. Esta comédia de enganos tinha uma data limite: o pedido de ajuda externa. O jogo acabaria quando fosse imperioso chamar o FMI, a fatídica ameaça que José Sócrates repetidamente de

Montesquieu

Miguel Morgado RR online 29-03-2011 10:30 Por estes dias chega às nossas livrarias a edição crítica de uma das maiores obras da história da filosofia política, "O Espírito das Leis", de Montesquieu. Publicado em 1748 sob anonimato, "O Espírito das Leis" exerceu imediatamente uma vasta influência por toda a Europa. É que Montesquieu é muito mais do que a doutrina da separação de poderes que o imortalizaria e que ele, de resto, não inventou. Durante a Revolução francesa, foi reclamado por republicanos e por monárquicos. Na Revolução americana, e para desgosto de Jefferson, a sua ubíqua figura multiplicou os discípulos. E marcaria uma presença inconfundível nas páginas de gigantes como Hegel, Burke, Constant, Tocqueville, Guizot, Beccaria ou Adam Smith. Não é difícil perceber o segredo deste sucesso. Com imensa sabedoria e elegância literária, Montesquieu redigiu aquele que é provavelmente o livro mais completo e abrangente jamais escrito sobre política. Nele são ab

Ver ou não ver o filme Camino?

Caros amigos: Venho pedir desculpa a todos quantos iludi ou confundi com a divulgação do comentário apreciativo ao filme “Camino” da autoria do crítico de cinema João Lopes e que podem ver aqui . A minha atenção foi despertada pelo entusiasmo de dois amigos de juízo sólido e seguro que, separadamente me referiram o filme como a ir ver. A reacção de leitores fiéis não se fez esperar muito e logo na segunda feira de manhã fiquei a saber o logro em que tinha caído e enganado os leitores do Povo. Um outro amigo meu, com quem falei à tarde, foi ontem mesmo ver o filme e sem mais, deixo-vos com o seu comentário: CAMINHO É o que percorremos até chegarmos a Ele. Sendo o título do filme, evocando o livro de S. Josémaria  Escrivá, não é o verdadeiro nome da protagonista, Alexia. Começando com uma mentira só pode acabar com outra, um sofá vazio. Feita esta ressalva, na sequência do aviso maldosamente inicial, HISTÓRIA BASEADA EM FACTOS REAIS, passo a contar: Fiquei intrigado com a sugestão para

Conferência de preparação para a Beatificação do Papa João Paulo II por Aura Miguel

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  Convite A Fundação convida todos os seus amigos para a Conferência de preparação para a Beatificação do Papa João Paulo II, no próximo dia 1 de Maio, em Roma. Esta conferencia terá lugar na sede da Fundação, no próximo dia 30 de Março, pelas 21:00h. A oradora é a nossa muito querida amiga Aura Miguel JOÃO PAULO II

Que significa ser cristão hoje?

CCLPH mail anuncio 31 Março 2011

Inauguração da Maternidade-Escola em Dili, Timor Leste (4-08-2010)

Uma maternidade escola, construída com apoio da Fundação Mater-Timor, de iniciativa do Patriarcado de Lisboa, e entregue à Diocese de Díli, foi hoje inaugurada na capital timorense pelo Presidente da República, José Ramos-Horta. 4-08-2010

A culpa

Jornal Económico 28/03/11 00:03 | António Bagão Félix  A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1. Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista. A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro. A culpa é dos mercados. Excepto do "mercado" Magalhães. A culpa é do ‘rating'. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios. A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho. A culpa é dos professores. A culpa é d

Caldo de léria

DN 2011-03-28  João César das Neves Muita gente anda compreensivelmente angustiada com a situação nacional. Estranha é a quantidade de pessoas que se dizem desorientadas, sem ver saída. A crise é grave, mas a solução é fácil. São só três coisas simples: deixar-se de tretas, apertar o cinto e trabalhar mais. A mais difícil é a primeira. Vivemos há anos mergulhados em caldo de léria. Por exemplo, nesta grave crise existe uma pessoa imaculadamente inocente: José Sócrates. O senhor primeiro-ministro, que há seis anos só executa políticas excelentes, reformas decisivas com resultados históricos, não tem culpa nenhuma. O mal vem todo da crise mundial, da Europa, dos mercados e agências de rating. Não tem Sócrates razão para culpar a crise? Sim, como Madoff. Ambos viram os seus esquemas denunciados pelo colapso do Lehman Brothers. Na gestão Sócrates, a dívida externa bruta total de Portugal (pelo conceito do FMI) aumentou 147 mil milhões de euros, o dobro do buraco Madoff. Quando chegou ao p

Nos labirintos da religião católica

DN 2011-03-27 JOÃO LOPES Nestes tempos de política formatada, não é fácil encontrar filmes que lidem com as grandes questões da identidade humana, expondo a sua complexidade e, ao mesmo tempo, escapando a qualquer maniqueísmo para ser servido em debate televisivo. Camino, de Javier Fesser, é um desses filmes: um espantoso retrato interior da tragédia de Alexia González-Barros, uma menina espanhola que faleceu aos 14 anos, vítima de cancro na espinal medula, tendo vivido até final num ambiente de profunda crença católica, aceitando o seu sofrimento como uma dádiva divina. Lançado em 2008 em Espanha, o filme foi aí pretexto de interessantíssimos debates. Desde logo, porque Fesser, embora dando à sua personagem o nome de Camino (interpretada pela brilhante Nerea Camacho, com 12 anos na altura da rodagem), não estaria autorizado a identificar Alexia na legenda final do seu filme; depois, porque a história de Camino/Alexia coloca em cena os labirintos da religião católica, discutindo as t

A coragem do Bispo Andrea Hao

Catarina Martins Bettencourt RR on-line 27-03-2011 23:59 Esta semana, na longínqua China, os cristãos de Gonghui estão de luto. Choram a morte do Bispo Andrea Hao Jinli. Tinha 95 anos e pertencia à Igreja Clandestina da China, a que se mantém fiel ao Papa. Foi por ser cristão e por se ter mantido sempre fiel a Roma, que Andrea Hao conheceu, como tantos, as prisões chinesas. Foi acusado de quê? De ser cristão, apenas. Hao nasceu em 1916 numa família católica. Ele e dois irmãos decidiram seguir a vida religiosa. Ordenado padre, em 1943, foi logo condenado a 10 anos de prisão. Ao fim desse tempo, quando julgava que tinha chegado ao fim o seu tormento, foi mandado para um campo de concentração para ser "reeducado pelo trabalho". Esteve preso mais de vinte anos. Ninguém o vergou: nem o medo, nem os trabalhos forçados, nem as ameaças de morte, nem a violência na prisão. Dele só queriam essencialmente uma coisa: que, como padre, renunciasse a Roma. Nunca o fez. Ao fim deste tempo

3.º Domingo da Quaresma: Cristo e a Samaritana junto à fonte de Jacob

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  DUCCIO DI BUONINSEGNA 1308-11 Tempera em madeira Colecção Thyssen-Bornemisza, Madrid

Olhar para cima

Aura Miguel RR on-line  25-03-2011 06:52 A situação de Portugal é grave. Já o era há muito tempo, só que agora já não dá para fazer de conta. Resultado: se a tendência dos portugueses sempre foi carpir lamentações, imagine-se agora, com tantos motivos para pessimismo e desilusão! Mas será que somos apenas o que estamos a viver agora ou nos definimos pelo estado de ânimo que nos domina?... É evidente que não, porque a nossa História tem mais de 800 anos, somos herdeiros de uma Nação com muita gente notável, com governantes de nobre carácter, que amaram Cristo e o seu povo e ainda hoje são elogiados pela humanidade com que regeram o destino dos portugueses. Por isso, proponho-vos levantar o olhar, não para nos iludirmos, mas para ver coisas que o estado de ânimo ofusca, para viver com o realismo corajoso que o cristianismo nos propõe, com a comoção pelo destino de cada homem e mulher que é próprio da fé. Porque, afinal, se a fé não despertar a nossa razão, liberdade, afeição e todo o

Post-it ao cuidado do futuro primeiro-ministro

pPúblico 2011-03-24 Helena Matos Ninguém o obrigou a ser primeiro-ministro. Quis ser primeiro-ministro. Logo, não se queixe 1ºNinguém o obrigou a ser primeiro-ministro. Quis ser primeiro-ministro. Logo, não se queixe. 2º Não se esqueça que é muito mais simples para si deixar de ser primeiro-ministro do que para o país ver-se livre de um primeiro-ministro. 3º Não confunda liderança com usurpação de competências. As pessoas que aceitam fazer parte do seu governo não são o prolongamento do seu ego e em muitas matérias, para não dizer em todas, têm mais saber do que o primeiro-ministro. Futebolisticamente falando um primeiro-ministro é como um treinador: um bom treinador é aquele que transforma um conjunto aleatório de jogadores numa equipa. 4º Não se esqueça que quanto mais obcecado viver com o que se diz de si mais dependente vai ficar de jornalistas e comentadores. E um primeiro-ministro dependente de jornalistas e comentadores é um primeiro-ministro que não só não governa como v

A primeira queda de Sócrates

Público 2011-03-25  Vasco Pulido Valente O eng.º José Sócrates resolveu não assistir ao debate de quarta- feira na Assembleia da República. Saiu no princípio e não voltou. O desprezo do primeiro-ministro pela Assembleia da República, que representa constitucionalmente o povo português e de que ele ainda por cima depende, revela o homem. Sócrates nunca foi, nem nunca será um democrata, é um autocrata. Um autocrata incapaz de sofrer a humilhação de ser rejeitado e afastado em público por gente que ele considera inferior. Até numa altura crucial para ele e para o país (já para não falar no PS), a vaidade apagou o respeito pela instituição e pelos mais básicos deveres do cargo que ele exerce. Quem não hesita em fazer uma coisa daquelas não tem com certeza, em privado, princípios que nos possam tranquilizar. Como, de resto, se já constatou. Verdade que o debate sobre o PEC IV envergonharia qualquer parlamento. Quem assistiu à cena na televisão sabe que tudo aquilo não passou de uma acumu

Quem não tem dinheiro não tem vícios. E não pode ter Sócrates

Público 2011-03-25 José Manuel Fernandes As próximas eleições serão um referendo a Sócrates e ao seu estilo sectário e autocrático de governar Levantou-se da bancada do Governo, virou as costas aos deputados, fugiu escadas abaixo, rapidinho, evitando os jornalistas. A forma como Sócrates se comportou durante o debate parlamentar mais importante da sua vida política - o debate parlamentar que terminaria num voto que o levaria a pedir a demissão - é mais reveladora do que mil discursos. Este primeiro-ministro nunca esteve à altura do lugar a que, por circunstâncias fortuitas da nossa história política, chegou. No dia em que caiu, no momento em que o seu Governo ruía, na hora em que abandonou os seus ministros durante um debate crucial, deixou ver, com mais nitidez, o seu rosto de autocrata. Se houvesse alguma dúvida de que não era mais possível suportar uma "situação" sustentada apenas na chantagem e no desprezo pelas mais elementares regras da democracia, o gesto final deste

Recomeços

Miguel Esteves Cardoso Público, 2011-03-25 Por um acaso, anteontem, no maravilhosamente reinventado restaurante Aya, em Carnaxide, só encontrámos pessoas amigas que tinham sofrido e aguentado doenças que muitas vezes matam. Falámos todos de cancros e de a-vê-cês e de infecções, como se os anos em que não nos vimos tivessem sido ocupados - como, de facto foram - a tentar não morrer. Sentiu-se uma sorte de ainda estarmos todos aqui, mais a tristeza, insolúvel, de quem já não estava. Alguém falou em sobreviver e logo todos nos zangámos com a palavra. Sermos meramente sobreviventes resumia as nossas novas vidas ao facto de ainda não termos morrido. Também não renascemos. Nem tão-pouco nos limitámos a continuar, lidando com a doença como uma interrupção da vida, que retomámos um bocadinho mais à frente. Na verdade, tivemos de nos refazer. Revimo-nos e recentrámo-nos. Fomos obrigados a rearrumar as nossas almas, para acomodar ameaças novas, arranjando e preparando as identidades, habitua

A retórica dos fugitivos

Público 2011-03-24  Pedro Lomba A última sessão do Parlamento no fim da I República acabou sem quórum. Tal era o descrédito da casa que os deputados resolveram não comparecer. A última sessão do Parlamento ontem, no fim de Sócrates ou no princípio do fim de Sócrates, acabou quase sem Governo. As sumidades da governação eclipsaram-se. Sócrates saiu de cena logo que Teixeira dos Santos acabou de falar. E Teixeira dos Santos nem se dignou ouvir Manuela Ferreira Leite. Ambos assumiram o registo de provocação constitucional em que têm vivido há muito tempo e que usaram para esconder o PEC IV da Assembleia, do Presidente, dos parceiros sociais, de toda a opinião pública. Foi de propósito. Ambos desejaram ter este fim. Participar no debate com os deputados sobre o novo PEC era uma responsabilidade elementar do primeiro-ministro. O seu poder deriva do Parlamento. O seu dever é ouvir; e ouvir críticas, censuras, condenações, é também uma forma de ser responsabilizado. Mas como esperar respons

E se os meninos deixassem em paz o sítio do costume e fossem brincar para outro lado?

Helena Matos Público 2011.03.24 E se os meninos deixassem em paz o sítio do costume e fossem brincar para outro lado? No início deste mês de Março, em Madrid, um grupo de criaturas sem mais que fazer resolveu entrar na capela da Universidade Complutense onde, entre copos e charros, brincaram às missas e às sessões de top less . Fotografaram tudo e colocaram as imagens da proeza na internet. Como é óbvio a seguir veio o debate sobre os limites ou da falta deles destes grupos extremistas, muito activos a exigir que os respeitem e muito eficazes a infernizar a vida aos demais. Naturalmente já foi apresentada queixa contra os protagonistas deste desacato. Pois a mim parece-me que não só não se deve apresentar queixa alguma como se devem incentivar estes actos, sobretudo deve-se promover a sua deslocalização. De repente ocorre-me que podiam, por exemplo, repetir a façanha numa mesquita. Faziam tudo tal e qual como na capela da Complutense: entravam a correr em magote, simulavam a oração,

Direitos

3 | 03 | 2011   21.59H João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Os direitos adquiridos são inegáveis protagonistas desta crise. Trata-se de um conceito bastante curioso. Será que agora os direitos se podem adquirir? Quando se fala em direitos humanos refere-se algo que cada pessoa tem naturalmente, que lhe é atribuído pela sua existência. Aí não há aquisição. A discussão recente não se refere a esse tipo de direitos. Embora apareçam nos debates como sacrossantos, são coisas muito mais modestas e contingentes. Nenhuma das pessoas que invoca tais direitos afirma ter pago por eles. Seria indigno. De facto, as tais regalias sociais que eles tentam defender foram ganhas na contestação pública, luta política ou, sobretudo, na pressão de secretaria. Por isso uma designação mais adequada seria «favores políticos». Os quais, por natureza, nunca se podem dar como adquiridos. Se quem pretende ter os tais direitos não os pagou, quem paga? Isso nunca é referido. Como é o povo que suste

Humildade e verdade

MANUEL MARIA CARRILHO DN 20110324 Humildade e verdade são, a meu ver, os parâmetros essenciais para se ultrapassar o difícil momento que o País que está viver. Humildade, porque é preciso reconhecer que a situação actual é o resultado de alguns graves erros cometidos nos últimos anos, sobretudo desde a Primavera de 2008, quando a crise se anunciou em toda a sua gravidade, e desde o Outono de 2009, quando se arriscou a constituição de um governo minoritário. E verdade, porque só com uma exigente autenticidade sobre a nossa situação e as suas principais causas se conseguem repor as condições de credibilidade, de coesão social e de eficácia, que são nucleares para se dar a volta à situação. É um momento de não retorno, seja qual for o destino parlamentar do chamado PEC IV, cuja rejeição é dada como certa no momento em que escrevo (quarta-feira de manhã). E também de balanço: do balanço de um reformismo que teve na mão, em 2005, a rara oportunidade de conduzir uma mudança histórica no n

A autoridade na política contemporânea

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TERTÚLIAS DE HOMENS FUNDAÇÃO MARIA ULRICH A Fundação Maria Ulrich convida-o a para mais uma Tertúlia sobre: "A autoridade na política contemporânea" Prof. Miguel Morgado 25 de Março, sexta-feira, pelas 21h30 Rua Silva Carvalho, 240 (junto às Amoreiras) Lisboa fundmariaulrich@clix.pt / fundacaomariaulrich.blogspot.com RSFF até 23 de Março                                                    telfs: 213.882.110; 96.6969620 Rua Silva Carvalho, 240 (junto às Amoreiras) Lisboa fundmariaulrich@clix.pt fundacaomariaulrich.blogspot.com Arrepiados com a exigência das tarefas que se vão impondo no horizonte próximo deste Governo, ou de um outro que porventura venha a existir a breve prazo, aumentam os partidários da solução a que, à falta de melhor expressão, podemos chamar Bloco Central. O arrepio justifica-se, sem dúvida. Mas a solução não se recomenda. De tão virada para o futuro que procura estar, a proposta do Bloco Central quase se orgulha de ser terrivelmente amnés

Pensamento do dia

«Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder. Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.» Mt 20, 26-28

Sobre o filme "Camino"

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http://www.opusdei.pt/art.php?p=43143 2011/03/21 No próximo dia 24, estreia em Portugal o filme “Camino”, considerado o melhor filme espanhol em 2009 (vencedor de 6 prémios Goya). Neste artigo, apresentam-se os comentários do director do Gabinete de Informação do Opus Dei em Espanha acerca deste filme. Alguns meios de comunicação social questionaram-me sobre o filme "Camino". Mais uma vez quero começar por manifestar respeito pela liberdade de expressão e confiança no valor da criatividade artística. Considero que esta ficção cinematográfica apresenta uma visão distorcida da fé em Deus, da vida cristã e da realidade do Opus Dei. O ambiente construído por este filme em nada se parece com a alegria, a liberdade e o espírito de compreensão e de serviço em que as mulheres e os homens do Opus Dei procuram viver; é muito fácil comprová-lo. Isso é constatado diariamente por milhares de pessoas que partilham a vida do dia a dia com um membro do Opus Dei, ou colaboram de algu