Caridade
João César das Neves
DESTAK 11 12 2008 07.41H
A causa profunda da crise portuguesa é sem dúvida moral: o País está desmoralizado. Num momento em que a economia tropeça, grupos de pressão gritam exigências. Acentua-se o clima geral de hostilidade e confronto. Sucessivas promessas de prosperidade revelam-se ocas e nenhum líder parece ter uma ideia clara de como sair do marasmo.
O carácter nacional é atingido por vergonhas e infâmias, do gravíssimo escândalo da Casa Pia ao BPN. Multiplicam-se os crimes sem condenados. Correm boatos de corrupção, vigarice, aproveitamento. Apesar da campanha ideológica, a promoção do aborto e do divórcio não esconde a sensação de decadência. Vive-se uma apatia de valores e de referências.
Apesar disso, no fim de semana de 29 e 30 de Novembro os 13 Bancos Alimentares Contra a Fome nacionais realizaram a sua 32.ª campanha de recolha desde 1992 em 1119 superfícies comerciais. Obtiveram mais de 1905 toneladas de alimentos, um aumento de 19% face ao ano passado. Graças a esta generosidade serão beneficiadas 245 mil pessoas através de 1618 Instituições de Solidariedade Social.
Perante a crise, os portugueses aumentaram drasticamente a sua solidariedade. Fala-se de pobreza e miséria e os cidadãos não ficam indiferentes. Para não falar dos 20 mil voluntários que deram tempo do seu descanso para ajudar nesta causa. Todos querem apoiar e sentem que esta é uma forma segura e eficaz. A direcção da iniciativa classifica o resultado como «a maior acção de voluntariado organizado em Portugal». O País pode andar desmoralizado, mas ainda há esperança para nós.
João César das Neves naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
DESTAK 11 12 2008 07.41H
A causa profunda da crise portuguesa é sem dúvida moral: o País está desmoralizado. Num momento em que a economia tropeça, grupos de pressão gritam exigências. Acentua-se o clima geral de hostilidade e confronto. Sucessivas promessas de prosperidade revelam-se ocas e nenhum líder parece ter uma ideia clara de como sair do marasmo.
O carácter nacional é atingido por vergonhas e infâmias, do gravíssimo escândalo da Casa Pia ao BPN. Multiplicam-se os crimes sem condenados. Correm boatos de corrupção, vigarice, aproveitamento. Apesar da campanha ideológica, a promoção do aborto e do divórcio não esconde a sensação de decadência. Vive-se uma apatia de valores e de referências.
Apesar disso, no fim de semana de 29 e 30 de Novembro os 13 Bancos Alimentares Contra a Fome nacionais realizaram a sua 32.ª campanha de recolha desde 1992 em 1119 superfícies comerciais. Obtiveram mais de 1905 toneladas de alimentos, um aumento de 19% face ao ano passado. Graças a esta generosidade serão beneficiadas 245 mil pessoas através de 1618 Instituições de Solidariedade Social.
Perante a crise, os portugueses aumentaram drasticamente a sua solidariedade. Fala-se de pobreza e miséria e os cidadãos não ficam indiferentes. Para não falar dos 20 mil voluntários que deram tempo do seu descanso para ajudar nesta causa. Todos querem apoiar e sentem que esta é uma forma segura e eficaz. A direcção da iniciativa classifica o resultado como «a maior acção de voluntariado organizado em Portugal». O País pode andar desmoralizado, mas ainda há esperança para nós.
João César das Neves naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
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