Neil Armstrong - In memoriam

João Távora
Corta-fitas, 2012-08-25

Quando os Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram a Lua eu tinha sete anos e estava em Milfontes de férias. Nessa noite morna de Verão, como grande parte dos habitantes da vila, desci com os meus pais ao Café Miramar na Barbacã, para assistir na televisão ao acontecimento em directo. Não mais me esquecerei da emoção vivida, aquelas imagens difusas e misteriosas, as palmas, as interjeições e efusivos comentários dos adultos.
De resto lembro-me da estranheza que me causava o Jacinto, um pescador nativo amigo da família, que afirmava que tudo aquilo era uma encenação cinematográfica à boa maneira do cinema americano.  Para ele era inconcebível que o homem chegasse à Lua, talvez porque acreditasse que o satélite era feito de queijo: custa-me a acreditar que a sua opinião se devesse a qualquer dogma político.
Apesar da desilusão que senti nos anos seguintes com a perda de espectacularidade dos programas espaciais da NASA, imagino que este terá sido o maior acontecimento histórico sucedido na minha existência. Por mim continuo a imaginar com entusiasmo como será a grande aventura da expansão humana para o Espaço.
Armstrong foi o Vasco da Gama desse grandioso projecto. O Sítio onde chegou hoje ainda é mais alto. Ganhou perspectiva. Paz à sua alma.
Texto adaptado daqui

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