A mais desejada de Holywood morreu há meio século

Marilyn Monroe, um dos maiores símbolos produzidos pela indústria cinematográfica norte-americana, morreu há 50 anos, mas a história de vida da loira mais desejada de Hollywood continua a fascinar muitas pessoas em todo o mundo.
Norma Jean Baker Mortenson, o nome verdadeiro de Marilyn Monroe, foi encontrada sem vida aos 36 anos na cama da sua casa em Brentwood, um bairro de elite de Los Angeles, no dia 5 de Agosto de 1962.
As entidades oficiais divulgaram que a causa da morte foi uma ‘overdose’ por ingestão de medicamentos, mas cinco décadas depois o acontecimento continua a gerar controvérsia e inúmeras teorias de conspiração.
Recentemente, a agência norte-americana Associated Press (AP), por ocasião do 50.º aniversário da morte da actriz e ao abrigo da lei da liberdade de informação, contactou o Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal norte-americana, para ter acesso a todos os ficheiros relacionados com Marilyn Monroe.
Nove meses depois, e após vários pedidos e apelos, a AP relatou que os ficheiros originais relacionados com Monroe já não estão na posse do FBI.
A agência noticiosa avançou ainda que o Arquivo Nacional – o destino normal deste tipo de documentos -, também não está na posse dos ficheiros.
Uma versão mais recente dos ficheiros, alvo de uma profunda revisão, está disponível no site do FBI, numa área intitulada 'The Vault', onde a organização publica regularmente documentos relacionados com casos emblemáticos.
Os primeiros ficheiros relacionados com Monroe remontam a 1955 e a maioria está focada nas viagens e nos relacionamentos da actriz, incluindo o casamento com o dramaturgo Arthur Miller, procurando sinais de uma eventual ligação a ideais comunistas.
Os ficheiros continuam até alguns meses antes da morte da estrela norte-americana que terá mantido relações, até hoje não esclarecidas, com o então Presidente norte-americano John F.Kennedy e com seu irmão Robert.
Na memória universal ficará para sempre o famoso Happy Birthday Mr.President, canção que a actriz dedicou a John Kennedy a 12 de Maio de 1962.
Norma Jean nasceu no dia 1 de Julho de 1926 no Los Angeles County Hospital, tendo vivido parte da infância em orfanatos. Aos 16 anos, casou-se pela primeira vez com James Dougherty.
Em 1945, um fotógrafo captou a imagem de uma morena deslumbrante e, em poucos meses, despertou a atenção das revistas e conseguiu um teste para cinema na 20th Century Fox. Em finais de 1946, Norma Jean transforma-se em Marilyn Monroe e adoptava a sua imagem de marca: o loiro platinado.
Depois do divórcio com James Dougherty, a actriz casou-se pela segunda vez com o então famoso ex-jogador de basebol Joe Di Maggio.
Os Homens Preferem as Louras (1953), O Pecado Mora ao Lado (1955) e Quanto Mais Quente Melhor (1959) são os seus filmes mais emblemáticos.
Cinco décadas depois, a actriz continua a ter fãs em todo o mundo e os seus objectos pessoais são adquiridos por vários milhões.
Em 2011, o esvoaçante vestido branco que a actriz usou no filme O Pecado Mora ao Lado foi vendido por 4,6 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) em Los Angeles. Ainda no mesmo ano, um outro vestido que usou no 'western' Rio sem Regresso (1954) foi adquirido por 516.600 dólares (423 milhões de euros) em Macau.
Para assinalar a efeméride, várias instituições internacionais organizaram iniciativas para recordar uma das maiores estrelas de Hollywood.
A edição deste ano do Festival de Cannes dedicou o cartaz oficial do certame à actriz, que um dia afirmou: «Se fizer rir uma rapariga, conseguirá que ela faça tudo».
Outro exemplo é uma exposição de cerca de quatro mil fotografias da actriz norte-americana, algumas inéditas, em Varsóvia, Polónia.
As imagens, que serão posteriormente leiloadas, serão exibidas entre 6 de Agosto e 6 de Setembro.
As fotografias, da autoria de um amigo de Monroe, o fotógrafo Milton Green, pertencem actualmente ao Tesouro do Estado polaco.
Lusa/SOL

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