Passa-se o seguinte
Público 2011-05-20 Miguel Esteves Cardoso
Esta fé no nosso monte de massa exprime-se pela seguinte fórmula de crítica política, popular ou profissional:
"Em vez de gastar dinheiro com [inserir despesas públicas que se acham desnecessárias, seja o TGV ou o SNS, tanto faz], Portugal deveria era investir nas [inserir despesas públicas que se preferem, como o bem-estar do povo ou a educação]".
O objectivo não é poupar ou ganhar dinheiro - é redistribuir o dinheiro que já temos, sabemos lá como, de uma maneira mais justa, inteligente e favorável à causa de cada um. Assim, sabendo empregá-lo, contornamos o facto desse dinheiro não existir.
E vamos-nos distraindo e defendendo, pensando que o problema é não sabermos gastar melhor o dinheiro que não só não temos mas somos, cada vez mais, obrigados a comprar por um preço que não somos capazes de pagar.
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