Uma vez cai quem quer
Ângela Silva, RR on-line 19-05-2011 06:28
Faz agora quase dois anos, Manuela Ferreira Leite estava a aquecer os motores para uma campanha eleitoral que teve como mote a palavra Verdade.
Tudo o que ela disse ao país entrou-nos, este ano, porta dentro, com estrondo e sem piedade.
Estávamos à beira da falência, era preciso parar as grandes obras, travar a mania das grandezas, fazer reformas estruturais e apoiar as empresas. "Loucura fatalista", disse José Sócrates, o comunicador exímio que Manuela não quis combater com as mesmas armas, recusando agências de comunicação e truques mediáticos.
Dois anos depois, ironicamente, Pedro Passos Coelho debate-se com um drama similar: como combater o comunicador imbatível, que esconde o que não convém, mostra o que lhe dá jeito e não olha a meios para atingir os fins?
Se as sondagens estão certas, o país, esteja ou não farto de Sócrates, tem a tentação de lhe ceder mais uma vez. Passos, se tivesse unhas para esta viola, bem podia lançar um slogan: se quiserem enganar-se outra vez, estejam à vontade.
Estávamos à beira da falência, era preciso parar as grandes obras, travar a mania das grandezas, fazer reformas estruturais e apoiar as empresas. "Loucura fatalista", disse José Sócrates, o comunicador exímio que Manuela não quis combater com as mesmas armas, recusando agências de comunicação e truques mediáticos.
Dois anos depois, ironicamente, Pedro Passos Coelho debate-se com um drama similar: como combater o comunicador imbatível, que esconde o que não convém, mostra o que lhe dá jeito e não olha a meios para atingir os fins?
Se as sondagens estão certas, o país, esteja ou não farto de Sócrates, tem a tentação de lhe ceder mais uma vez. Passos, se tivesse unhas para esta viola, bem podia lançar um slogan: se quiserem enganar-se outra vez, estejam à vontade.
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