Falhámos
RR on-line em 11-02-2011 08:23
Hoje, é o Dia Mundial do Doente e, a propósito, o Papa alerta que “uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem nem é capaz de ter compaixão e ajudar, para que o sofrimento seja partilhado, é uma sociedade cruel e desumana”.
Pois aqui está uma boa definição de Portugal. Estou a pensar na arrepiante notícia da idosa que caiu no chão e morreu. E assim ficou Augusta Martinho, durante nove anos, morta no chão da sua cozinha.
Quando ouvi isto, ainda perguntei: foi na China ou no Japão?... (na esperança de encontrar algum alívio por ser lá longe, em nações que não nasceram cristãs). Mas não, este pesadelo aconteceu a dois passos de Lisboa e envergonha-nos.
Como alguém comentou já a propósito disto: falhou tudo. “Falhou a família, falhou a vizinhança, falhou a comunidade, falhou o Estado. É o cúmulo da solidão, do abandono e do egoísmo” (Padre Lino Maia ao 'DN' de ontem). Assim, ao falhar humanidade para a nossa compatriota Augusta Martinho, falhou inevitavelmente a dignidade de cada um de nós. Falhou Portugal.
Quando ouvi isto, ainda perguntei: foi na China ou no Japão?... (na esperança de encontrar algum alívio por ser lá longe, em nações que não nasceram cristãs). Mas não, este pesadelo aconteceu a dois passos de Lisboa e envergonha-nos.
Como alguém comentou já a propósito disto: falhou tudo. “Falhou a família, falhou a vizinhança, falhou a comunidade, falhou o Estado. É o cúmulo da solidão, do abandono e do egoísmo” (Padre Lino Maia ao 'DN' de ontem). Assim, ao falhar humanidade para a nossa compatriota Augusta Martinho, falhou inevitavelmente a dignidade de cada um de nós. Falhou Portugal.
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