Liberdade ou determinismo?
Estava eu ocupado a pensar numa decisão que tinha que tomar ontem à tarde quando, ao almoço, se me prendeu a atenção neste título do Diário de Notícias: Um gene para a crueldade e para o altruísmo humano, DN, 080409. A hipótese é que quer o altruísmo quer a crueldade têm uma determinação genética. Cada vez é mais divulgada a ideia de que os comportamentos humanos são determinados por um factor (químico, genético, ambiental) que retira relevância à liberdade e ao exercício da vontade, enfim, àquilo que nos distingue como seres humanos dos outros seres vivos.
Não teria, por isso, que pensar como decidir porque aquilo que determina a minha escolha é um qualquer gene que me faz ser como sou.
Ao mesmo tempo, testemunho o contrário naquilo que acontece à nossa volta como leio no blog Fora de Estrutura no post Um dia e outro de que destaco esta passagem :
“Curiosa a ocorrência que num dia diz da violência que o mundo pode fazer a si próprio e, no outro, lembra quem desdiz a desesperança. E são muitos os que insistem em desesperar. Vasco Pulido Valente escreve na sua coluna de opinião de Sábado passado, a propósito do calibre dos conteúdos televisivos, fazendo eco deste clima nihilista, que “na ausência consoladora de uma outra vida, a miséria desta atrai o Ocidente”.
Alguns dos que por aqui passarem serão com certeza testemunhos, no seu quotidiano, desta esperança que conhecemos e que caritativamente é levada aos outros. Bem hajam por alumiarem com a vossa vida as vidas alheias.”
É mesmo esta capacidade de nos deixarmos tocar pelo bem que vemos acontecer à nossa volta, de nos deixarmos atrair pelo Bem que nos salva de nos acharmos reduzidos a um monte de células, reacções bioquímicas e determinismo genético. É, por isso, que é tão importante ganharmos a consciência de que fomos Salvos na Esperança.
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