O que é que possibilita uma construção comum?
http://www.revistapassos.pt/default.asp?id=482&id_n=792 26-09-2017
O Clima é de tensão, as posições irreconciliáveis. A consulta sobre a independência da região está a abrir uma profunda ferida no tecido social. Os amigos de CL Catalunha escreveram um documento sobre o que permite uma construção comum.
Nos últimos dias, a Catalunha chegou a uma situação lamentável, que nunca deveria ter ocorrido, resultado de um clima de rotura e confronto que tem vindo a crescer nos últimos anos.
As chaves de leitura com as quais se analisa o presente são antagónicas. As versões que interpretam o passado são contrárias. Os projetos futuros, irreconciliáveis. Uma ferida dolorosa que divide as famílias, que promove o silêncio entre companheiros de estudo ou trabalho, que favorece a suspeita sobre quem pensa de forma diferente. Neste contexto, o que é que permite uma construção comum?
Nós não somos estranhos a esta crise. Percebemos a nossa pobreza na hora de oferecer uma solução para a questão levantada, mas ao mesmo tempo descobrimos na nossa vida diária um tesouro que pode ser útil nos tempos de conflito e tensão que virão. Na nossa comunidade cristã, surpreendemo-nos a viver uma unidade que vai além da disparidade de opiniões e sensibilidades. A presença de Cristo, que ultrapassa discursos e projetos, não garante a resolução de desentendimentos. No entanto, torna possível um caminho juntos, em que o outro, faça o que fizer e pense o que pensar, é um bem, porque me ajuda a ser eu próprio. E é sobre isto, que se baseia toda a possibilidade de diálogo.
A Conferência Episcopal de Tarragona, na sua nota sobre a situação na Catalunha, afirma: "A Igreja quer ser um fermento de justiça, fraternidade e comunhão, e oferece-se para ajudar neste serviço para o bem do nosso povo". Pois "o destino e a intenção profunda da comunidade cristã", diz Giussani, "é o mundo: uma dedicação profunda e apaixonada aos homens e ao seu destino, uma tensão para tornar presente o fato de Cristo dentro do tecido da convivência, na qual os homens sofrem, esperam, tentam, negam, aguardam o significado final das coisas ".
A gravíssima circunstância que estamos a atravessar é uma oportunidade. Podemos ficar apegados à nossa imagem, ao que já conhecemos. Ou, podemos descobrir-nos necessitados do outro, disponíveis para mudar, dispostos a olhar com simplicidade e seriedade a necessidade de caminhar e construir juntos. Como o Papa Francisco nos convida: "a melhor maneira de dialogar é fazer coisas juntos, construir juntos".
Comunhão e Libertação da Catalunha
Setembro de 2017
As chaves de leitura com as quais se analisa o presente são antagónicas. As versões que interpretam o passado são contrárias. Os projetos futuros, irreconciliáveis. Uma ferida dolorosa que divide as famílias, que promove o silêncio entre companheiros de estudo ou trabalho, que favorece a suspeita sobre quem pensa de forma diferente. Neste contexto, o que é que permite uma construção comum?
Nós não somos estranhos a esta crise. Percebemos a nossa pobreza na hora de oferecer uma solução para a questão levantada, mas ao mesmo tempo descobrimos na nossa vida diária um tesouro que pode ser útil nos tempos de conflito e tensão que virão. Na nossa comunidade cristã, surpreendemo-nos a viver uma unidade que vai além da disparidade de opiniões e sensibilidades. A presença de Cristo, que ultrapassa discursos e projetos, não garante a resolução de desentendimentos. No entanto, torna possível um caminho juntos, em que o outro, faça o que fizer e pense o que pensar, é um bem, porque me ajuda a ser eu próprio. E é sobre isto, que se baseia toda a possibilidade de diálogo.
A Conferência Episcopal de Tarragona, na sua nota sobre a situação na Catalunha, afirma: "A Igreja quer ser um fermento de justiça, fraternidade e comunhão, e oferece-se para ajudar neste serviço para o bem do nosso povo". Pois "o destino e a intenção profunda da comunidade cristã", diz Giussani, "é o mundo: uma dedicação profunda e apaixonada aos homens e ao seu destino, uma tensão para tornar presente o fato de Cristo dentro do tecido da convivência, na qual os homens sofrem, esperam, tentam, negam, aguardam o significado final das coisas ".
A gravíssima circunstância que estamos a atravessar é uma oportunidade. Podemos ficar apegados à nossa imagem, ao que já conhecemos. Ou, podemos descobrir-nos necessitados do outro, disponíveis para mudar, dispostos a olhar com simplicidade e seriedade a necessidade de caminhar e construir juntos. Como o Papa Francisco nos convida: "a melhor maneira de dialogar é fazer coisas juntos, construir juntos".
Comunhão e Libertação da Catalunha
Setembro de 2017
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