Uma reforma urgente
Raquel Abecasis
RR on-line 26-12-2011 6:25
Lisboa viveu nos últimos dias o susto das chamas no coração da cidade. Vinte anos depois do incêndio no Chiado, parece que a cidade não aprendeu e mantém os ingredientes necessários para que outra tragédia do género possa acontecer.
A quantidade de prédios devolutos e em ruínas no centro da cidade aumenta de dia para dia. Muitos deles estão assinalados e bem, pelo Bloco de Esquerda, com a frase "aqui podia viver gente". Podia e devia, não só a bem das pessoas, mas também da capital, que se arrisca a tornar-se uma cidade decrépita e perigosa.
Mas para que muito do essencial mude nesta matéria, é preciso que o Governo cumpra uma promessa que tem quase tantos anos como a democracia: alterar a lei das rendas!
Portugal vive ainda com uma lei do Estado Novo, que inviabiliza por completo a renovação e recuperação dos imóveis, que atrofiou o mercado de arrendamento, deixando os mais velhos a pagar rendas ridículas por casas gigantescas e fechando o mercado aos novos. A verdade é que ninguém quer ficar preso a inquilinos que pagam mal, quando pagam, e que têm mais direitos sobre as casas do que os proprietários.
Esta situação levou a que os portugueses estejam sobreendividados muito por culpa da compra de casa própria, factor que é muitas vezes impeditivo da mobilidade cada vez mais necessária para o emprego.
Este é um dos pontos em que a troika exige reformas porque da sua mudança depende, em grande parte, a modernização da nossa economia. Esperemos que 2012 seja, finalmente, o ano desta reforma tão necessária ao país.
Mas para que muito do essencial mude nesta matéria, é preciso que o Governo cumpra uma promessa que tem quase tantos anos como a democracia: alterar a lei das rendas!
Portugal vive ainda com uma lei do Estado Novo, que inviabiliza por completo a renovação e recuperação dos imóveis, que atrofiou o mercado de arrendamento, deixando os mais velhos a pagar rendas ridículas por casas gigantescas e fechando o mercado aos novos. A verdade é que ninguém quer ficar preso a inquilinos que pagam mal, quando pagam, e que têm mais direitos sobre as casas do que os proprietários.
Esta situação levou a que os portugueses estejam sobreendividados muito por culpa da compra de casa própria, factor que é muitas vezes impeditivo da mobilidade cada vez mais necessária para o emprego.
Este é um dos pontos em que a troika exige reformas porque da sua mudança depende, em grande parte, a modernização da nossa economia. Esperemos que 2012 seja, finalmente, o ano desta reforma tão necessária ao país.
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