Milhares de portugueses em incumprimento

RR online  Paulo Morais (19/03/12)
São já mais de seiscentos mil os portugueses que estão em incumprimento com os seus empréstimos pessoais. Uma situação desesperante.
No início, o crédito ao consumo e os empréstimos pessoais pareciam até uma solução fácil, prometiam taxas de juro atractivas. Mas a estas acresceram comissões, seguros, impostos e mais comissões. Vinculavam assim os clientes ao pagamento de taxas anuais efectivas globais (as famosas TAEG) de cerca de trinta por cento. Estas taxas usurárias, e portanto ilegais, provocaram a falência em muitas famílias de menores recursos.
Ao longo de anos, as autoridades de supervisão bancária e os governos nada fizeram. Imperou a lei da selva.
O actual governo veio agora, no dia do consumidor, obrigar os bancos a criar planos de recuperação de crédito para quem está em situação de incumprimento. Sabe a pouco. O que os governantes deveriam de facto ter promovido era uma baixa imediata das taxas, repondo a equidade. E simultaneamente o Banco de Portugal deveria proceder à sindicância e reavaliação de todos os créditos, em função de taxas legalmente aceitáveis e portanto muito mais baixas. Desta forma, muitos milhares de famílias iriam ver o valor da sua dívida imediatamente diminuída e reduzido também o valor da sua prestação.
Não sendo tomadas estas medidas de elementar justiça, vai continuar o sufoco.

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