Carnavais

RR on-line, 20090223

Raquel Abecasis


Apesar de estarmos em ano eleitoral, este não é o momento para os partidos políticos venderem a tradicional “banha da cobra”.


Neste tempo de Carnaval, as pessoas aproveitam para descontrair do inferno em que se tornou a vida de muitas delas em poucos meses. É legitimo que assim seja, mas isso não faz com que se esqueçam da realidade nem as distrai dos seus verdadeiros problemas, que lá estarão, inevitavelmente, no fim das festas.
São dados que deveriam estar de bem presentes nas cabeças de quem nos governa para evitarem discursos absurdos sobre um nível melhor do que o esperado da taxa de desemprego ou tentarem distrair das atenções com agendas fracturantes.

Infelizmente, os tempos que se avizinham não nos vão deixar respirar fundo. Ao Governo pede-se cabeça fria e capacidade de reacção, mas isso não deve ser confundido com psicologia barata, feita de discursos fantasiosos. Apesar de estarmos em ano eleitoral, este não é o momento para os partidos políticos venderem a tradicional “banha da cobra”, em que os bons tem a solução mágica para todos os nossos problemas e os maus, todos os outros, não têm nada que se aproveite.

É que a crise que atravessamos está também a trazer a lume a face mais negra do famoso bloco central de interesses, agora debaixo de investigação em processos que prometem tornar-se célebres.

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