Liberté, égalité, fraternité
RR online 12-01-2015 15:12 por Raquel Abecasis
Numa época em que "todos somos Charlie", e portanto todos podemos ser alvo de quem quer destruir uma forma de vida, Portugal é um oásis de integração com quem vale a pena aprender.
Ao olhar para as causas e consequências dos acontecimentos dos últimos dias em França dei-me conta do que nos aproxima e distância, não só de França, mas de muitos países europeus.
O que nos aproxima é sem dúvida a cultura, o que nos distancia o exercício da pratica dessa cultura que se resume na célebre frase da revolução francesa : "Liberté, égalité, fraternité".
Em Portugal vive-se hoje, como sempre se viveu no passado, numa sociedade multicolor e multirreligiosa, sem guetos, sem "comunidades" específicas, em que todos, dos africanos, aos do Leste, passando por brasileiros, chineses e paquistaneses, vivem num clima de total integração. Seremos um dos países mais pobres da União Europeia, mas isso não nos tem levado a excluir os que nos procuram pelo contrário e isso, numa sociedade, faz toda a diferença.
Integração: eis algo em que Portugal se pode tornar um país exportador para todo o planeta. A nossa experiencia é longínqua, começou numa época em que demos novos mundos ao mundo, passou pela colonização portuguesa – sem dúvida, a experiência colonizadora em que melhor se misturaram os que chegaram de fora com os que lá estavam, de tal forma que inventámos os mulatos – e tornou-se modo de vida quando milhares de portugueses emigraram e se integraram como poucos em sociedades muito diferentes.
A nossa revolução dos cravos ficou célebre, não só por ter sido uma transição pacífica para a democracia, mas também porque conseguiu o milagre da integração ou reintegração de milhões de portugueses que nos chegaram de uma só vez, vindos das ex-colónias. Quarenta anos depois não há vestígios desses tempos.
Numa época em que "todos somos Charlie", e portanto todos podemos ser alvo de quem quer destruir uma forma de vida, Portugal é, apesar de tudo, um oásis de integração com quem vale a pena aprender.
Numa época em que "todos somos Charlie", e portanto todos podemos ser alvo de quem quer destruir uma forma de vida, Portugal é um oásis de integração com quem vale a pena aprender.
O que nos aproxima é sem dúvida a cultura, o que nos distancia o exercício da pratica dessa cultura que se resume na célebre frase da revolução francesa : "Liberté, égalité, fraternité".
Em Portugal vive-se hoje, como sempre se viveu no passado, numa sociedade multicolor e multirreligiosa, sem guetos, sem "comunidades" específicas, em que todos, dos africanos, aos do Leste, passando por brasileiros, chineses e paquistaneses, vivem num clima de total integração. Seremos um dos países mais pobres da União Europeia, mas isso não nos tem levado a excluir os que nos procuram pelo contrário e isso, numa sociedade, faz toda a diferença.
Integração: eis algo em que Portugal se pode tornar um país exportador para todo o planeta. A nossa experiencia é longínqua, começou numa época em que demos novos mundos ao mundo, passou pela colonização portuguesa – sem dúvida, a experiência colonizadora em que melhor se misturaram os que chegaram de fora com os que lá estavam, de tal forma que inventámos os mulatos – e tornou-se modo de vida quando milhares de portugueses emigraram e se integraram como poucos em sociedades muito diferentes.
A nossa revolução dos cravos ficou célebre, não só por ter sido uma transição pacífica para a democracia, mas também porque conseguiu o milagre da integração ou reintegração de milhões de portugueses que nos chegaram de uma só vez, vindos das ex-colónias. Quarenta anos depois não há vestígios desses tempos.
Numa época em que "todos somos Charlie", e portanto todos podemos ser alvo de quem quer destruir uma forma de vida, Portugal é, apesar de tudo, um oásis de integração com quem vale a pena aprender.
Comentários