70º aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau (27 de Janeiro de 1945)


Tomar a palavra neste lugar de horror, de cúmulo de crimes contra Deus e contra o homem sem igual na história, é quase impossível e é particularmente difícil e opressivo para um cristão, para um Papa que provém da Alemanha. Num lugar como este faltam as palavras, no fundo pode permanecer apenas um silêncio aterrorizado um silêncio que é um grito interior a Deus: Senhor, por que Te calaste? Por que toleraste tudo isto? É nesta atitude de silêncio que nos inclinamos profundamente no nosso coração face à numerosa multidão de quantos sofreram e foram condenados à morte; todavia, este silêncio torna-se depois pedido em voz alta de perdão e de reconciliação, um grito ao Deus vivo para que jamais permita uma coisa semelhante. 

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