Missa Nova do Padre Frederico Cardoso de Lemos sj.
Celebrou ontem a sua Missa Nova, o Padre Frederico Cardoso de Lemos.
Antigo aluno do Instituto Superior de Agronomia, engenheiro agrónomo e candidato a doutoramento, interrompeu esta sua vida profissional há cerca de 10 anos para confirmar a vocação com que o Senhor o chamava.
Foi com grande alegria que participei da sua Missa Nova.
O Senhor da história escolheu para o Evangelho da Missa Nova do engenheiro agrónomo agora padre a descrição do reino dos céus que usa a parábola do trigo e do joio:
Naquele tempo, Jesus propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se.
Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?’
'Foi algum inimigo meu que fez isto’ respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?’
Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo.
Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.’»
E na sua primeira homilia, o Padre Frederico mostrou-nos a sua perspectiva de agrónomo sobre a parábola do trigo e do joio.
Falou do cuidado e carinho do semeador, da qualidade da semente, da decisão do dono da seara em manter o joio até à altura da ceifa, da acção dos ceifeiros. Para salientar que o trigo tem que viver no meio do joio, evitando a segurança da homogeneidade e do rigorismo.
No fundo para dizer que "o outro é sempre um bem".
No fim da missa conversava com um grande amigo nosso, padre jesuíta mais sénior que dizia que na missa nova do dia anterior, a homilia sobre a mesma passagem do evangelho tinha sido tão diferente.
Confirmei como Nosso Senhor usa as nossas características e mesmo as nossas diferentes perspectivas. Se o Frederico, meu aluno, não tivesse sido primeiro agrónomo e depois padre jesuíta, não teria olhado para a parábola do trigo e do joio da maneira com que nos falou.
Sempre achei, meio a brincar, que Jesus devia ser agrónomo, tantas são as oportunidades em que usa a faina dos campos e a natureza como exemplificação na sua pregação.
Por isso, escolheu este agrónomo para "trabalhar na Sua vinha".
Como seu antigo professor e amigo rezo pela sua vocação e para que se mantenha como fértil trigo no meio do joio do mundo em que vivemos.
Que Deus multiplique sobre ele as Suas bênçãos.
Antigo aluno do Instituto Superior de Agronomia, engenheiro agrónomo e candidato a doutoramento, interrompeu esta sua vida profissional há cerca de 10 anos para confirmar a vocação com que o Senhor o chamava.
Foi com grande alegria que participei da sua Missa Nova.
O Senhor da história escolheu para o Evangelho da Missa Nova do engenheiro agrónomo agora padre a descrição do reino dos céus que usa a parábola do trigo e do joio:
Naquele tempo, Jesus propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se.
Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?’
'Foi algum inimigo meu que fez isto’ respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?’
Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo.
Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.’»
E na sua primeira homilia, o Padre Frederico mostrou-nos a sua perspectiva de agrónomo sobre a parábola do trigo e do joio.
Falou do cuidado e carinho do semeador, da qualidade da semente, da decisão do dono da seara em manter o joio até à altura da ceifa, da acção dos ceifeiros. Para salientar que o trigo tem que viver no meio do joio, evitando a segurança da homogeneidade e do rigorismo.
No fundo para dizer que "o outro é sempre um bem".
No fim da missa conversava com um grande amigo nosso, padre jesuíta mais sénior que dizia que na missa nova do dia anterior, a homilia sobre a mesma passagem do evangelho tinha sido tão diferente.
Confirmei como Nosso Senhor usa as nossas características e mesmo as nossas diferentes perspectivas. Se o Frederico, meu aluno, não tivesse sido primeiro agrónomo e depois padre jesuíta, não teria olhado para a parábola do trigo e do joio da maneira com que nos falou.
Sempre achei, meio a brincar, que Jesus devia ser agrónomo, tantas são as oportunidades em que usa a faina dos campos e a natureza como exemplificação na sua pregação.
Por isso, escolheu este agrónomo para "trabalhar na Sua vinha".
Como seu antigo professor e amigo rezo pela sua vocação e para que se mantenha como fértil trigo no meio do joio do mundo em que vivemos.
Que Deus multiplique sobre ele as Suas bênçãos.
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